segunda-feira, junho 05, 2006

Sim, à greve! Mas a data...

É por demais evidente que os professores têm de se fazer ouvir e uma primeira forma de se fazerem ouvir é recorrer à greve.

Outras formas haverá, como, por exemplo, a demissão generalizada dos cargos de direcção nas escolas, seguidas tais demissões de conferências de imprensa, como, aliás, um Conselho Executivo de Coimbra acabou há pouco tempo de fazer, mostrando que ainda há Conselhos Executivos com grande dignidade e sentido de ética profissional. ( talvez por pouco tempo, tendo em conta os favores da "oposição"(leia-se Marques Mendes) ao governo, com as suas propostas sobre gestão das escolas.)

Por isso, claro, eu farei greve.

Mas isso não me impede de dizer que o dia escolhido é o menos indicado possível.
Importa evitar a todo o custo deixar passar a mensagem de que se faz greve para conseguir uns dias de descanso.
E, na verdade, escolher para o dia da greve o dia 14, entre um feriado em Lisboa e um feriado nacional, não facilita a aceitação da nossa luta junto da opinião pública.

É caso para perguntar aos nossos dirigentes sindicais se não têm "cabecinha para pensar"...

5 comentários:

Anónimo disse...

seria mellhor aceite se, no dia da greve, fossemos TODOS à escola. Saber-nos na sala dos professores sem pôr os pés nas salas de aula teria impacto na opinião pública. Eu vou fazer, claro...mas não vou "gozar" os dias fora...

Anónimo disse...

As greves são normalmente marcadas junto a fins de semana ou , neste caso, a um feriado, para que os colegas que vêm para a MANIFESTAÇÃO EM LISBOA, e que são de todos os pontos do País e das regiões autónomas dos Açores e Madeira, tenham a oportunidade de estar presentes em Lisboa. NÃO ESQUECER QUE PORTUGAL NÃO É SÓ LISBOA E QUE AS PESSOAS DEMORAM MUITAS HORAS A CHEGAR AO LOCAL DA MANIFESTAÇÃO. É QUE AS MANIFESTAÇÕES NÃO SE FAZEM SÓ COM AS PESSOAS DE LISBOA, ANTES PELO CONTRÁRIO, OS LISBOETAS SÃO QUEM MENOS PARTICIPA.
Já é um velho hábito as pessoas darem a velha desculpa da DATA. Mas fica aqui a explicação: É QUE HÁ MILHARES DE PROFESSORES QUE PARTICIPAM SEMPRE NAS MANIFESTAÇÕES!
COMO É QUE IRIAM DAR AULAS NO DIA SEGUINTE, SE AINDA TÊM QUE FAZER 400 KM OU MAIS?! NÃO ESQUECER QUE VÊM AUTOCARROS DE TODO O PAÍS!

henrique santos disse...

Caríssimo
para quando queria a Greve?
Vai à manifestação?
Se formos muitos na Greve e na Manif vai ver que, para primeiro passo, vale a pena.

habacuc disse...

Henrique,
Queria a greve no dia 8 de Junho, amanhã, portanto. Associando-se ao dia de luto nacional.
Claro que vou fazer greve e claro que vou à manifestação....
Mas manifestações podem fazer-se em todos os pontos do país, não é preciso concentrar toda a gente em Lisboa!
Agora não gosto nada é que se dê azo a que se possa falar por aí que os professores fazem greve...para irem de férias uns dias...
Não contribui em nada para o reforço da nossa luta, não acha?

Anónimo disse...

Segundo a FENPROF existem prazos legais a cumprir para a marcação de uma greve, o que deixou apenas disponível a próxima semana que, para muitas escolas, é já a última de aulas.
Parece-me muito mais do que uma infeliz coincidência que pelo segundo ano consecutivo estas propostas do Ministério cheguem nesta altura do ano lectivo. Com a agravante que a proposta coincide com a saida dos resultados do concurso, que absorve a atenção de muitos professores. Já para não falar na preparação de avaliações e exames que se avizinham. Não será a Ministra que decide o calendário possível de greve?...