sábado, junho 24, 2006
A Coitadinha
Com os seus pézinhos fracos e perninhas frágeis, desloca-se tropegamente inspirando receios de que se parta.
Senta-se quietinha, de sorriso fácil, olhando timidamente a assistência, que a observa num misto de curiosidade e comiseração, de tão frágil que aparenta ser.
E depois fala baixinho....Serenamente. Insidiosamente.
Mas a língua, bífida, forte, viperina e traiçoeira; e o discurso, pensado, preparado, meticulosamente estudado, mostra que a fragilidade está só na aparência.
Tal qual um réptil, avança rastejando as palavras num tom suave, para que o efeito seja mais penoso. Seraficamente dispara as frases com que destrói pessoas e sistemas, mas fá-lo de modo tão sub-reptício (não estivéssemos nós a falar dum réptil...) de forma a que apenas as vitimas se apercebam da agressão.
Aos outros até parece afável e cordial.
Após função cumprida de novo se retira trôpega, cambaleante: patética imagem de mulher sem nome.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
1 comentário:
Desculpa mas eu acho que até tem 2 nomes! Um, o dela o outro - José Sócrates!
Enviar um comentário