domingo, novembro 06, 2005

Impoluto e incorruptível

Negar veementemente e em público uma suspeita ou acusação é, obviamente, uma estratégia de defesa.
Estratégia a que já assistimos por parte de Fátima Felgueiras, Carlos Cruz, Valentim Loureiro, entre outros, em fase anterior a julgamento, e cujo modo de funcionamento, consiste essencialmente em criar na opinião pública a descrença na possibilidade de se aceitar que tal pessoa, que de forma tão assertiva se afirma inocente, possa, de facto, ser culpado seja lá do que for, pois, se fosse mesmo culpado, por certo não seria capaz de se mostrar tão sincero na afirmação da sua inocência.
Et pourtant...
Como justificar a necessidade imperiosa de empreender uma estratégia de defesa pública por parte de alguém que sabe não ser culpado?
Não seria mais natural que, sabendo-se inocente, ignorasse o caso e seguisse em frente?
Não será, afinal, a própria evidência da elaboração de estratégia pública de defesa um indício de culpabilidade???
Bem, pode ser que não...
Mas lá que também pode ser que sim, ah isso pode!
Impoluto e incorruptível...veremos... Ou não veremos, talvez.

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