quinta-feira, outubro 26, 2006

Agora, marcar faltas.
Agora, escrever cartas de faltas.

Ah, deixem-nos ensinar!

Agora, preencher grelha de Delegado de Turma, nome, morada, telefone.
Agora, preencher dados do sub delegado de Turma, nome, morada, telefone.

Ah, deixem-nos ensinar!

Agora ir ao CD entregar as grelhas do Delegado e Sub delegado,
Agora ir à Secretaria preencher os registos das cartas a enviar.

Ah, deixem-nos ensinar!

Agora ir assinar o livro de ponto dos dts que está na portaria.
Agora ir ordenar as folhas dos alunos que querem ir para os clubes.

Ah, deixem-nos ensinar!

Agora ir preencher a folhinha para ter rectroprojector amanhã.
Agora ir preencher a folhinha para anexar às fichas de trabalho e entregar na reprografia.

Ah, deixem-nos ensinar!

Agora ir esperar 15 minutos para ver se há substituição para fazer.
Agora, não houve substituição, dar uma "mãozinha" para os computadores do Centro de Recursos estarem a funcionar.

Ah, deixem-nos ensinar!

Agora pedir a caderneta à aluna para chamar cá a mãe.
Agora pedir a caderneta à outra luna para ver se a mãe assinou o recado.

Ah, deixem-nos ensinar!

Agora chamar a funcionária para ver se o Zezinho anda pelo pátio, pois está afaltar à aula.
Agora separar o ze do pedro que começaram à porrada.

Ah, deixem-nos ensinar!


Mas porque é que não nos deixam ensinar????

Lá foi

Chegou e sentou-se.
Primeiro calada.
Mas depois, em voz baixa contou.
Que estivera 10 minutos sentada dentro do carro.
No parque de estacionamento.
A chorar.
E à medida que falava, o tom de voz ia subindo e ao mesmo tempo e contraditoriamente ia-se também tornando ireegular no timbre, falsete às vezes.
E contava que já não conseguia suportar.
O stress. A indisciplina da turma.
Os alunos gritando com ela.
E pedia ajuda à colega mais experiente cujo rosto transbordava de angústia de não lhe saber responder.
Tocou.
Pediu desculpa de estar a incomodar com os seus problemas.
E lá foi.
Para o início de mais uma jornada.

terça-feira, outubro 24, 2006

Pim, PAM, Pum...

Pim Pam Pum....Estão aí os PAM!!!

Os famosos PAM.

Trata-se, pois, dos Planos de Acção para a Matemática.

1ª nota: sendo os PAM tão importantes e necessários, seria lógico pensar na importância de os divulgar, até para que os menos criativos se pudessem inspirar nos mais criativos....Mas népia. Vamos ao site doME e nem um dos já aprovados lá aparece. Que pena!

2ª nota: depois das enormes expectativas criadas nas escolas a respeito dos PAM (ele era a possibilidade de contratar novos professores para fazer face ao insucesso, ele era a possibilidade de desdobrar turmas para se trabalhar em grupos mais pequenos, ele era a posbilidade de adquirir novos equipamentos...) bem destas todas, as duas primeiras já foram totalmente postas fora de questão.
Contratar professores ou desdobrar turmas - VETADO
A ver vamos a chegada dos materiais solicitados...

Agora interessante, delicioso, verdadeiramente assombroso, é conhecer alguns dos PAM já aprovados.

Terei eu talvez azar, mas os que conheço e que já foram aprovados (embora alguns ainda sujeitos a reformulações), são páginas seguidas de banalidades didáctico-pedagógicas, (por serem não mais do que o que já é a prática corrente) que, entretanto se enfatiza, se reveste de lindas(?) roupagens linguisticas, se enche, preenche e completa com grelhas, e mais grelhas e quadros e mais quadros , mas que de verdadeiramente inovador, no que ao ensino da matemática respeita, é o absoluto vazio.

E, no entanto, foram horas de "trabalho" para escrever tantas folhinhas e pasá-las a computador.... E não estou a ser irónico! É que foi mesmo verdade!

Alguns PAM dão a ideia de terem nascido de parto distócico, em que o aborto apenas não foi feito por se afigurar mais rentável o deficiente nascituro.
(Já que com o nascimento do PAM, embora deformado e aberrante, se espera que algum material ou dinheirito venha a ser obtido).

Pim, Pam , Pum, estão aí os PAM!

A revolução no ensino da Matemática começou em Portugal!
Professores não podem só ficar a ver...

"Os sindicatos contestam a actualização salarial de 1,5% proposta pelo Executivo em 2007 e o aumento dos descontos dos trabalhadores para a ADSE de 1 para 1,5%. A paralisação anunciada esta terça-feira pelos dois sindicatos afectos à UGT coincide com a greve geral decretada no início deste mês pela Frente Comum, da CGTP.Além das questões salariais, os trabalhadores da Função Pública contestam também as alterações ao estatuto da aposentação, a criação de quadros de supranumerários, as mexidas nas justificação das faltas por doença e a forma como está a ser implementado o sistema da avaliação de desempenho dos trabalhadores do sector." in O Correio da manhã de hoje

Porque, entre outras razões:
-todas estas questões dizem também respeito aos professores;
-os professores não podem esperar solidariedade se não a retribuem;
-o peso da greve é maior se todos os sectores da função pública aderirem e não apenas alguns;
-a luta dos professores não alcançou ainda os resultados desejados;
-o desrespeito pelos direitos dos trabalhadores afecta a todos em geral e não a nenhum grupo em particular;

Os professores devem aderir a esta greve, formando em conjunto com os outros sectores da função pública uma mole imensa de grevistas nos próximos dias 9 e 10 de Novembro!



Quem confessa não merece castigo.... Mas acaba por ser castigado!
E quem não confessa?????



"Antes de ganhar as eleições, não disse que ia pôr a saúde mais cara, aumentar os impostos sobre reformados, deficientes ou funcionários públicos, que ia subir de forma extraordinária os combustíveis e a electricidade, que ia introduzir portagens nas SCUTS, e agora está a fazer tudo ao contrário do que prometeu”
, - justificou o presidente do PSD, durante uma visita ao Centro de saúde do Lumiar - in Correio da Manhã de hoje

"O dia devia ser de festa, mas a crise política húngara, que se arrasta há mais de um mês, voltou a transbordar para as ruas, com milhares de manifestantes afectos à oposição a tentarem avançar sobre o edifício do Parlamento para exigir a demissão do primeiro-ministro socialista Ferenc Gyurcsany"- in Correio da manhã de hoje

"A «bomba» caiu este domingo à noite, quando uma estação televisiva divulgou um discurso do primeiro-ministro húngaro, Ferenc Gyurcsany, em que este admite ter mentido ao povo.
Na altura, no dia 26 de Maio, cerca de um mês depois do partido socialista húngaro ter sido reeleito, Gyurcsany falava com os membros do seu partido. A reunião foi à porta fechada, mas, quatro meses depois, o polémico discurso, com palavrões à mistura, veio a público e está acessível em vários sites húngaros."
– in Portugal Diário on line

domingo, outubro 22, 2006

Diz Eduardo Prado Coelho

O umbigo da Ministra da Educação deve ser tão GRANDE que nãoa deixa ver/ouvir opiniões diferentes da sua.
Há qualquer coisa que não está a funcionar bem no Ministério da Educação. Existe uma determinação em abstracto do que sedeve fazer, mas compreensão muito escassa da realidade concreta.
O que se passa com o ensino do Português e a aprendizagem dos textos literário é escandaloso. Onde deveria haver sensibilidade, finura e inteligência nacompreensão da literatura, há apenas testes de resposta múltipla completamente absurdos.
Assim não há literatura que resista.
Há tempos, dei o exemplo da regulamentação por minutos e distâncias de determinadas provas.
O ministériorespondeu-me que se baseavam na mais actualizada bibliografia e que tinham tido reacções entusiásticas perante tão inovadoras medidas.
Não me convenceram minimamente.
Trata-se de dispositivos ridículos e hilariantes, que provocam o mais elementar bom senso.

O problema reside em considerar os professores como meros funcionários públicos e colocá-los na escola em sumária situação de bombeiros prontos para ocorrer à sineta dealarme.
Mas a multiplicação de reuniões sobre tudo e mais alguma coisa não permite que o professor prossiga na sua formação científica.
Quando poderá ler, quando poderá trabalhar, quando poderá actualizar-se?
Não é certamente nas escolas que existemcondições para isso.
Embora na faculdade eu tivesse um gabinete, sempre partilhado com mais quatro ou cinco pessoas , nunca consegui ler mais do que uma página seguida.
Não existem condições de concentração.
Pelo caminho que as coisas estão a tomar, assistiremos a uma barbarização dos professores cada vez mais desmotivados, cuja única obsessão passa a ser defenderem-se dos insultos e dos inqualificáveis palavrões que ouvem à sua volta.
A escola transforma-se num espaço de batalha campal, com o apoio da demagogia dos paizinhos, que acham sempre que os seus filhos são angelicais cabeças louras.
E com a cumplicidade dos pedagogos do ministério.
Quando precisaríamos como de pão para a boca de um ensino sólido,estamos a criar uma escola tonta e insensata.
Neste benemérita tarefa tem-se destacado o secretário de Estado Valter Lemos.
É certo que a personagem se diz e desdiz, avança e volta atrás,a maior das facilidades.
Mas o caminho para onde parece querer avançar é o de uma hostilização e incompreensão sistemática da classe dos professores.
Com isto prejudica o país, e prejudica o Governo, com um primeiro-ministro determinado e competente, mas que não pode estar atento a todos os pormenores.
E prejudica o PS, mas não sei se isto preocupa.
Vem agora dizer que o professor deve avisar previamente que vai faltar, o que no limite significa que eu prevejo com alguns dias de antecedência a dor de dentes ou a crise de fígado que vou ter. E que deve dar o plano da aula que poria em prática caso estivesse em condições. Donde, as matérias são totalmente independentes de quem as ensina, basta pegar no manual, e ala que se faz tarde.
Começa a tornar-se urgente uma remodelação do Governo, mas isso é tema delicado a que voltarei mais tarde.
- Eduardo Prado Coelho

sábado, outubro 21, 2006

Só de vez em quando....

De vez em quando lá me sai um post sobre práticas pedagógicas.

Mas é só de vez em quando.

O que é estranho, sendo este blog denominado profes.

Ba.... poucos posts pedagógicos, que importância tem lá isso?

Pois...No blog não tem!

Mas tem, quando sabemos que por motivos de uma enorme instabilidade profissional se criou em nós uma necessidade imperiosa de discutir a carreira deixando para momentos mais favoráveis a discussão das práticas do dia a dia.

E isso aconteceu-nos a todos, independentemente dos diferentes "credos" que professamos.



E ocupamos o tempo a pensar como divertir os meninos na aula de substituição de amanhã, e em arranjar um joguinho novo que eles apreciem, e em preparar uma planificação de chacha, para se tivermos te faltar....

E o tempo sério da verdade de ser professor, vais esperando melhores oportunidades de se fazer real.

Esta é, talvez, uma das resultantes mais objectiva das políticas educativas dessa senhora, colocada onde não devia estar e secundada pela irresponsabilidade que resulta da teimosia dum aspirante a ditador.

Frágil ditador, que nem o peso das SCUTs, afinal, foi capaz de aguentar...

Filósofo enganado...

"Os progressos técnicos, que toda a gente está confundindo cada vez mais com
progresso humano, vão criar cada vez mais também um suplemento de ócio que, excelente em si próprio, porque nos aproxima exactamente daquele contemplar dos lírios e das aves que deve ser nosso ideal, vai criar […] uma força de ataque e de triunfo; mais gente vai ter cada vez mais tempo para ouvir rádio e para ir ao cinema, para frequentar museus, para ler revistas ou para discutir política...."

- Agostinho da Silva em "Aproximações

Não compreendendo que as tais vantagens do tal progresso técnico são sempre e só para alguns....

sexta-feira, outubro 20, 2006

Palavras de Sócrates, referindo-se aos militantes do PS? Ou da Ministra da Educação, dirigindo-se aos professores?

Não estão connosco os que preferem à obediência a sua liberdade de acção nem os que sobrepõem às directrizes superiormente traçadas as indicações da sua inteligência, ainda que esclarecida, ou os impulsos, ainda que nobres, da sua vontade.


E a resposta certa é: António de Oliveira Salazar, Discursos, volume 1º , pág. 183 e 184

Como os dedos da mão!!!

CERRAR FILEIRAS

Há que reconhecer.
O ultimato dado pelo ministério é uma estratégia política inteligente.
Cria um complexo de possibilidades cuja probabilidade resolutiva é favorável à tutela, senão, vejamos:

1ª possibilidade: desagregação da frente unida constituida pelos diferentes sindicatos que representam sensibilidades diferentes e cuja unidade de acção é sempre tão difícil conseguir

2ª possibilidade: recusa pelos sindicatos da porposta da tutela e isolamemto desses mesmos sindicatos relativamente aos professores, ao ser implementada a 3ª proposta de ECD em vez da 4ªque, apesar de tudo, sempre tem uma ou outra "benesse";

3ª possibilidade: aceitação pelos sindicatos da 4ª proposta e das suas condições e desprestígio desses mesmo sindicatos no meio docente, nomeadamente tendo em conta o esforço financeiro feito para que a greve fosse um sucesso

4ª possibilidade: não aceitação da proposta e suas condições e menor poder negocial en sede de diálogo de consertação.

5º Em qulquer dos casos, avanço para as transformações que a tutela pretende no sentido de poupar dinheiro ao orçamento de estado.

Há que reconhecer que esta é uma fase extremamente dificil para quem estáno cargo de dirigente sindical e tem de tomar uma decisão.
Dificilmente alguém poderá ter a certeza da decisão certa a tomar.
Mas por isso mesmo há que cerrar fileiras e apoiar a decisão que vier a ser tomada pelas direcções dos sindicatos!!!
Unidos, como os dedos da mão!!!
CERRAR FILEIRAS

quinta-feira, outubro 19, 2006

terça-feira, outubro 17, 2006

DECO é estúpida. Pim!

A associação de defesa dos consumidores DECO considera socialmente injusto o aumento de 15,7 por cento das tarifas de electricidade proposto pela Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) para 5,3 milhões de consumidores domésticos.

Porque a DECO é estúpida e não percebe nada de economia.

Na verdade este aumento é justo e muito favorável aos consumidores.

É que é este aumento que torna apetecível e viável à Iberdrola e outros tantos, entrarem no mercado da electricidade em Portugal.
Depois disso, graças à livre concorrência, os preços irão baixar apreciavelmente, talevez mesmo mais de 0,5 %!!!

Logo, os consumidores têm tudo a ganhar!

Avante, camarada Pina Moura!

Bendito telemóvel!

Pela primeira vez o homem perdia a compostura, e era vê-lo, espumando de raiva e batendo com o punho em cima da mesa.

A correr e temendo pelo bem estar cardíaco do seu líder, António Costa acorreu a ver o que se passava...

-Então, José, que é que se passa?

-Tu já viste um cabrão (desculpa mas estou fora de mim!) um gajo destes? Ouviste o que ele acabou de dizer às televisões?

-Não....QUe é que ele disse?

- Pois disse que a crise acabou, este cabrão! (desculpa, não costumo usar estas palavras mas é que não estou em mim!)

- QuÊ? O Gajo disse isso? Mas é parvo ou quê?

-Pois, vê lá tu. Que é e que vamos dizer aos sindicatos nas negociações salariais?
-E como vamos explicar o orçamento de estado?
- Mas este gajo é do nosso governo ou é da oposição?

-Oh António, passa-me o telemóvel, faz favor!

-Está? Pinho?
Tu és básico, tu és um infantil do caraças meu, então a crise acabou? Eu por acaso disse-te isso alguma vez? Vais já fazer um desmentido, meu infantil de merda!

E foi assim que, sem mais perda de tempo, o Pinho veio confessar a sua infantilidade perante o bom povo português.

São os comunistas!

Quem tem uns aninhos sabe que, no tempo da "velha senhora", sempre que acontecia alguma agitação social, Salazar e seus correligionários diziam tratar-se sempre de tentativas de desetabilização do regime provocada pelos comunistas a soldo de interesses estrangeiros (URSS). Ou, se alguém contestava algum aspecto da política de então era de imediato rotulado de "perigoso agitador comunista"

Assim torna-se delicioso ler o texto que se segue, em que, qualquer semelhança com o que se passava nesses tempos é, com toda a certeza, pura coincidência e não mais do que isso.

"Na campanha interna do partido, o secretário-geral do PS, José Sócrates, foi recebido na Madeira, Évora e Coimbra com protestos contra as políticas do Governo, nas áreas da Educação e da Saúde. O PS contra-atacou ontem, pelo seu porta-voz, Vitalino Canas, lembrando os tempos do PREC (Processo Revolucionário Em Curso). O dirigente não tem dúvidas: “Parece que há aqui um padrão de comportamento, certamente comandado por alguma organização, eventualmente ligada ao PCP. Que era quem nos anos 70, quando a Democracia não se tinha consolidado, utilizava muito essas formas de intimidação extrademocráticas, de perturbação do funcionamento dos outros partidos.”

Vale também a pena realçar que o "democrata" Vitalino Canas considera que protestos na rua são "formas de intimidação extrademocráticas", embora a Constituição da Republica Portuguesa diga exactamente o contrário... Bem, talvez o referencial constitucional de Vitalino seja ainda a a Constituição de 1933...

Escolha do jantar "à Sócrates" ou de "como se faz consertação em democracia"

Mãe:Vamos lá a saber: o que querem para o jantar?
-carne assada, diz o Zé,
-carne assada com puré de batata, diz a Maria.

Mãe:Bem, bem, o jantar vai ser pescada cozida, isso está fora de causa! Portanto, digam agora lá:o que querem para o jantar?

-Pescada cozida, dizem alegremente a Maria e o José! E disseram também à mãe que a queriam com um pouco de sal, o que a mãe de imediato aceitou.

E assim aconteceu a negociação daquele jantar na família Esteves.

Parafraseando Brecht

Primeiro lixaram os estagiários,
mas eu não me importei
porque não era nada comigo.

Em seguida tramaram as educadoras,
mas a mim não me afectou
porque não sou educadora.

Depois denegriram os sindicalistas,
mas eu não me incomodei
porque nunca fui sindicalista.

Logo a seguir chegou a vez dos de escalões baixos,
mas como não sou desses,
também não liguei.

Agora atacaram-me a mim
e quando percebi, já era tarde.

brincadeira parafraseando o poeta e dramaturgo Bertolt Brecht.

- texto de Zoltrix

quarta-feira, outubro 11, 2006


Fui comprar uma trela para o cão.

Fui a uma "loja dos chineses".

Muito mais barata!

Usei-a ontem. Usei-a hoje.

Começou a fazer um ruido estranho. E agora tenho de puxar o"botãozinho" para fora para ela enrolar, se não encrava.
Agita-se e ouve-se um estranho ruído de qualquer coisa solta lá dentro.

Bem.

Decidi abri-la.

O plástico estava partido em vários locais e a mola deixopu de ter suporte e estava solta lá dentro. Um dos apoios dos parafusos de fixação também já não existe.

E é esta trela de merda chinesa que justifica a política dos baixos salários, da precariedade do trabalho, das benesses às empresas!

É mesmo uma merda dumaTrela!!!

Uma no cravo outra na ferradura?

"Lá boas palavras tem você, ti Toino, o pior foram os bacorinhos que se perderam...."

Algumas palavras proferidas hoje, por Manuel Alegre:

“Não se pode equilibrar o orçamento à custa dos direitos sociais. Não se pode endireitar as contas públicas à custa dos doentes e dos reformados, nem da desertificação do interior", sublinhou o histórico socialista. Insurgindo-se contra a aplicação de taxas moderadoras sobre cirurgias e internamentos, o aumento dos impostos sobre pensionistas e a extinção de urgências hospitalares”

“A autoridade pela autoridade não faz parte da cidadania democrática, nem dos valores do 25 de Abril."

"É preciso que quem exerce, com legitimidade, o poder democrático, não se feche em si mesmo nem deixe de ouvir a rua."

“queiram ou não, volta a haver medo em Portugal”



Só falta agora,depois do que acaba de dizer, vê-lo a votar favoravelmente o orçamento do governo " " " " socialista" " " " "!

Soma e segue!

Perante a intotal capacidade de agir por parte do Ministério da Educação da Dª Lurdes, a vioplência nas escolas "soma e segue", alimentada pelas constante desvalorização e desautorização dos professores por parte da Dª Lurdes e seus lambe-botas no poder...

"Os factos denunciados ocorreram anteontem, cerca das 17h00, perto do final de uma aula de Educação Visual e Tecnológica a uma turma do 5.º ano. Um dos alunos insistia em contrariar o regulamento mantendo o boné na cabeça. Depois de repetidos avisos, a professora optou por retirar o boné ao rapaz, guardando-o na sua malinha e indicando que seria devolvido no final da aula. O aluno foi buscar o boné, remexendo nos pertences pessoais da professora, que admoestou o aluno. Este reagiu a soco e a pontapé. “Ele espumava, tal era a raiva por ser confrontado. Tive medo de o agarrar”, disse a professora, que procurou refúgio atrás de um armário, mas acabou por ser atingida com violência na mama à qual foi operada há dez anos, para remoção de um tumor, e na qual continua a ter riscos oncológicos. Em 24 anos de profissão, nove dos quais em Quarteira, nunca a professora tinha enfrentado tal situação

A professora queixosa terá sido confrontada pela mãe do aluno nos corredores da escola logo a seguir à aula. “Entrou na escola sem autorização e porque não estava ninguém na portaria – situação que também denunciou na participação – insultou-me, acusando--me de ter agredido o filho e dizendo que a palavra dos professores de nada vale.” De acordo com a docente, o aluno em causa mostra sinais de ter problemas domésticos: “Tenho notado no miúdo grandes olheiras e comportamentos provocatórios, para chamar a atenção. A directora de turma disse que ele leva pancada em casa.
” - Correio da Manhã - edição de hoje

Robin dos bosques-ou Reforma da Segurança Social


"Clica" na imagem, para veres melhor
(fotomontagem de autor desconhecido)

Só por isto, já valeu a pena!

A enorme manifestação dos professores, já conseguiu, pelo menos, pôr algumas pessoas a pensar e a concluir que algo de errado se passa no mundo da educação em Portugal e nas políticas deste nosso desgoverno para este sector.

Por isso aqui se transcreve o texto de Pacheco Pereira, no seu blog "o abrupto", para aqueles que habitulamente não o visitam..

Vale a pena lê-lo com atenção!

"O modo como a manifestação dos professores foi tratada mostra a fragilidade do nosso jornalismo, que tem muita dificuldade em sair do habitual, em perceber o que é diferente, para além das legítimas dúvidas sobre a governamentalização da RTP que suscita.

A manifestação dos professores não foi apenas uma manifestação bem sucedida para os sindicatos, não foi apenas a "maior" manifestação dos professores, foi um elemento qualitativamente novo na análise da situação do nosso ensino.

Mereceria que se lhe estivesse mais atento porque mostra uma ruptura entre os professores e o Ministério sem precedentes e que não pode deixar de ter consequências sobre o que se passa nas escolas.
Mereceria um comentário mais qualificado, fora do tradicional conflito sindical, mereceria que se tentasse perceber por que razão o Ministério alienou nas escolas a parte mais qualificada dos professores que podiam ser o suporte de muitas das reformas que têm vindo a ser propostas e que são vitalmente necessárias.
Mostra o preço do estilo do governo de tentar fazer reformas atacando os grupos profissionais no seu conjunto pelos seus "privilégios", o que no caso dos professores foi fatal.

Os professores são uma profissão muito especial, com grandes fracturas internas, muito maus hábitos mas também um dos ambientes de trabalho mais árduos que se possa imaginar, tendo que defrontar problemas sociais, familiares, culturais, para que não tem meios nem qualificações, para que nem sequer é suposto que escola tenha eficácia.

Mas há uma minoria de professores, uma minoria porque a profissão está muito degradada, que se dedica de forma quase "vocacional" ao ensino e esses desejavam há muito algumas das reformas que o Ministério se propõe fazer.

Sucede que esses professores também sabem bem demais o papel negativo que o Ministério sempre teve e as enormes responsabilidades do aparelho burocrático-sindical que o domina.
Revoltaram-se por passarem a bodes expiatórios de uma situação que sempre combateram, sem qualquer assunção de responsabilidades próprias do Ministério.

Alguns pela primeira vez foram ontem a uma manifestação sindical".
- Pacheco Pereira

Pacheco Pereira engana-se, (ou pretende enganar-nos) porém, quantitativamente. São os maus professores que são uma minoria nas escolas e não o inverso.
Mas é verdade que alguns dos muitos bons professores que existem nas escolas se estrearam desta vez na participação em manifestações.

segunda-feira, outubro 09, 2006

Sim, Srª Ministra!

"Apelo aos professores para que leiam e conheçam por si próprios as propostas do Ministério da Educação que estão em cima da mesa." - apelo melodramático da Srª Ministra, feito hoje.

Mais uma vez a Srª insulta os professores. Desta vez chama-lhes ignorantes, porque ela descobriu que não conhecem as propostas do seu ministério. Como ela descobriu isso, ainda está por saber....

Por outro lado chama-lhes implicitamente estúpidos, porque acha que "se deixam levar" pelas "forças do mal" leia-se, os sindicalistas.

Ora bastaria a Srª visitar as páginas on line dos diferentes sindicatos para constatar que aí se transcrevem, na íntegra, as propostas de sua Exª, que, depois, naturalmente se comentam.

Mas é próprio de um governo que cada vez mais resvala para o autoritarismo e para práticas não democráticas, a crítica sistemática dos sindicatos e dos sindicalistas.
Este governo não se dá bem com os sindicatos.
Como se sindicatos e sindicalistas não fossem parte fundamental dum regime democrático.

É que na verdade não há regimes democráticos sem sindicatos livres e atónomos.

A crítica sistemática a sindicatos e sindicalistas vem pôr a nu a verdadeira natureza totalitária do actual governo português que não sabe lidar com os processos democráticos de contestação de políticas governativas concretas.

Entretanto é delicioso ver os prestimosos moços de recados da informação desdobrarem-se em "elaboradas" teses, como por exemplo a contestação da permanência duramte muitos anos de determinados sindicalistas à frente de muitos sindicatos.
Que não pode ser!
Que é necessário renovar.

Curiosa tese... Então e há quantos anos temos nós, por exemplo, Cavaco Silva nas esferas do poder? E Jorge Sampaio? Sócrates, surgiu agora na política? O Sr. Presidente da Assembleia da República será por acaso um ilustre desconhecido?

Na verdade o que esta tese pretenderia era a existência de políitcos experimentados, batidos, do lado dos governos e ingénuos inexperientes à frente das políticas sindicais.
Que bom seria se assim fosse para os governos de Portugal!!!!

Srª Ministra: os professores leram com atenção as suas proposta.
E é porque as leram que estão ao lado dos seus sindicatos na luta contra a sua implementação!

E se há ainda alguns que estão passivamente de braços cruzados, pois esses são aquele que ainda não tiveram tempo para apreciar cuidadosamente as suas propostas de destruição da dignidade profissional dos professores e da sua carreira.

Mas também esses seguramente, virão a seguir o apelo de Vª Exª e assim que procederem à leitura atenta de tais propostas, por certo engrossarão o caudal de protesto que a há-de levar a si na enchurrada da revolta até que se afogue no mar de iniquidade social que o seu execrável governo fascizante desenvolve.

quinta-feira, outubro 05, 2006

Para que fique registado

Hoje só vim escrever aqui, para que não deixasse de ficar registado no meu blog este dia Grande em termos de unidade dos professores na luta pela sua dignidade.

Pena que tu tivesses a indignidade de não estar presente.

Nas conto que estejas na próxima!

terça-feira, outubro 03, 2006

"O fascismo é uma minhoca
Que se infiltra na maçã
Ou vem com botas cardadas
Ou com pézinhos de lã"

- Sérgio Godinho

Não percebi o conceito. Durante muitos anos não percebi.
Para mim fascismo estava sempre associado às botas cardadas, nunca à minhoca e nunca aos pezinhos de lã.

Até que finalmente passei a perceber, ao ver montar-se a "central de informações", ao saber que os orgãos noticiosos não podem dizer que há incêndios, ao saber que Portugal é conivente com a prática de tortura em seres humanos, ao saber que quem fala é perseguido pelo poder (dentro da mais pura legalidade), ao saber que as escutas telefónicas se processam sem mandado judiciário, ao reconhecer que o poder político está já sob o efectivo domínio do poder económico... entre outras coisas, mas estas já bastam.

Na verdade...nem são já precisas as botas cardadas: o fascismo modernizou-se.

segunda-feira, outubro 02, 2006


Cuidado! Não te iludas.

Clica na imagem para melhor observares!
Um dia como aquele, há muito tempo que não havia.

Com a felicidade a brilhar nos olhos, chegou a casa tão alegre e bem disposto que a família quase não o reconhecia.
Sim.
Tinha valido a pena.
Tanta contrariedade, mas ao mesmo tempo tanta persistência; tanta resistência, mas sempre a sua inflexibilidade para a vencer.
E mesmo, quando às vezes se sentiu um pouco abalado ao ter de fazer aquilo que a sua consciência não ditava, mesmo isso ficou agora apagado da sua memória, por não fazer, afinal, qualquer sentido.
O que importa é seguir rumo, e o rumo é sempre o rumo que nos mandam.

Chega à noite e quase não consegue dormir, de tamanha a emoção.

Ali mesmo ao lado, na mesinha de cabeceira, lá está ela, como se estivesse a olhar para ele e a lembrar-lhe o seu valor.

Ela, brilhante, pequenina aquela medalhinha sabe-lhe a vitória. Irá mostrá-la aos filhos, quiçá aos netos. Estará em local bem visível para todos, durante a consoada deste Natal.

Porque hoje foi um dia Maior na sua Vida.

Das sua mãos a recebeu.

Jamais o esquecerá!

Foi na Amadora.
Todos juntos comemoravam o reinício escolar e davam as boas-vindas aos novos professores do Concelho.
E Ela, a Srª Ministra, presente, ofertou com uma medalhinha todos os Srs. Presidentes dos Conselhos Executivos.
Mostrando assim a sua magnânime bondade e a sua capacidade para reconhecer os bons serviços.

Foi das suas próprias mãos que a recebeu!

A consagração duma grande carreira dum grande homem!

"Parabéns, Sr Presidente!!!" - Ecoam as vozes pelos céus, exultando tão singular acontecimento!


Pena é, que só ele as oiça...
Bem, se é sexta-feira, é para prolongar o fim de semana;
Se é entre feriados, é para fazer a ponte...

Pois desta vez não é nem sexta nem entre feriados!

Será que os professores vão preferir ir passear, em vez de se juntarem todos na manifestação do dia 5 de Outubro e assim contribuirem para a derrota dos projectos fascistas da Srª Ministra da Educação????

Sol na eira e água no nabal....

Não pode haver sol na eira e água no nabal!

Por isso, quando eles se queixam que a pressão é grande e que não podem deixar de fazer cumprir o que a Srª Ministra lhes manda, não podem depois esperar que os tratemos ainda por colegas e que tenhamos, até, pena das suas dificuldades e compreensão pela difícil posição que ocupam.

Eles estão lá porque querem e enquanto quiserem.

Cientes daquilo que lhes é exigido.

Mas não deixa de ser delicioso pensar que estes "colegas", depois de fazerem cumprir escrupulosamente as directivas da Srª, mesmo quando isso significa prejudicarem clara e injustamente a vida profissional de tantos, consigam ir para casa com um sorriso nos lábios e ainda consigam dormir tranquilamente seus "sonos de anjos".

Provavelmente ainda esperam uma "medalha" oferecida pelos "colegas", pela grande dedicação às escolas e à sua profissão, que não já de professores mas de gestores, ao serviço de quem lá estiver em cima, esteja quem estiver, imponha o que impuser, mande o que mandar, porque, na verdade eles estão lá é para fazer cumprir as ordens do poder, seja ele qual for, justo ou injusto, sem mais contratempos nem demoras.

E queremque, apesar disso, lhes continuemos a chamar colegas;
E querem que, apesar disso, aceitemos como honestas as suas lamúrias contra as medidas adoptadas. (será que também apresentam tais lamúrias nas reuniões com sua Exª, ou aí ficvam calados (quando não aplaudem mesmo)?)

Só que, infelizmente, não pode haver sol na eira e água no nabal!