sábado, setembro 23, 2006

Atrair os pais às escolas

Uma das justificações que a Srª Ministra apresenta para a participação dos Pais na avaliação dos professores, é a de incentivar a participação dos mesmos na vida das comunidades escolares.

Ok

Pois hoje andei pelas malhas da legislação para saber como pode um pai que seja funcionário do estado, justificar legalmente faltar ao seu trabalho para participar numa reunião com, por exemplo, o Director de Turma da escola do seu filho.
E, depois de muito procurar, encontrei a resposta:

NÃO PODE legalmente justificar essa falta!

Ou seja, à Srª Ministra, que tanto se preocupa com a a participação dos pais nas escolas, ainda não lhe passou pela cabeça fazer compreender ao Sr Sócrates que é urgente que o estado possibilite aos seus funcionários faltarem justificadamente, pelo menos uma vez por mês, se convocados a uma reunião, pela escola dos seus filhos.

Que diabo, para quem tanto se preocupa com a participação dos pais na vida da escola, não se lembrar de uma coisa tão simples não é, pelo menos, estranho???

5 comentários:

henrique santos disse...

E se o pai, além de funcionário público for professor, com o novo regime legal está tramado(a).
Assim se apanham os demagogos.

zoltrix disse...

Estranho? Ou consequente com uma política demagógica!?

Anónimo disse...

Um pai funcionário público ou qualquer outro pai trabalhador.
Não são só os fncionários públicos que têm filhos e que os têm na escola!!

habacuc disse...

Caro anónimo, esta situação só se põe no caso dos "privilegiados" funvcionários públicos, porque se ler com atenção o "Código do Trabalho",( Lei n.º 99/2003) aplicável a todods os trabalhadores menos aos funcionários públicos, irá reparar que a alínea f do artigo 225 diz exactamente o seguinte: "As ausências não superiores a quatro horas e só pelo tempo estritamente necessário, justificadas pelo responsável pela educação de menor, uma vez por trimestre, para deslocação à escola tendo em vista inteirar-se da situação educativa do filho menor".
Portanto, só os funcionários tutelados pelo nosso governo é que não têm o direito referido.

Anónimo disse...

Pois é! É difícil, porém enquanto se defende que o pai "por motivos", não pode ir a escola quem sofre são os filhos, que ficam entregues à escola como se esta tivesse o dever de construir também o caráter dos mesmos. Os pais já não se fazem presente em casa, pois estão cansados... essa nova geração está entregue ao descomprometimento e afeto familiar!