sexta-feira, setembro 29, 2006

Governo "vai às putas"!


A decisão de reforçar o combate à evasão fiscal nas actividades ligadas à prostituição, no próximo ano, surge na sequência das acções de fiscalização que a própria DGCI tem, segundo o CM apurou, desenvolvido nos últimos tempos em conjunto com o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) nos bares de alterne em todo o País.
- in "Correio da Manhã" de hoje
Quanto mais me bates, mais gosto de ti!

Caso as legislativas se realizassem hoje o PS venceria com 46 por cento dos votos, um ponto percentual acima do seu resultados nas eleições em Fevereiro de 2005

O secretário-geral do PS e primeiro-ministro, José Sócrates, acompanhou o seu partido na subida de popularidade, obtendo este mês 18 pontos positivos (saldo entre as respostas negativas e positivas), contra os 14 pontos obtidos em Julho, sendo o líder partidário mais popular.
- in Correio da Manhã de hoje



Sofrerão os portugueses de alguma doença mental genética com sintomatologia masoch?

quarta-feira, setembro 27, 2006

Última geração - Jorge Sampaio?

Nada de loiças da Vista Alegre. Nem as comuns baixelas de prata nacional. Cavaco Silva resolveu oferecer ao Rei Juan Carlos um presente virado para o futuro. Um telemóvel 3G, espécie de PDA, dotado de um software único no mundo, ou seja, equipado com um GPS desenhado e produzido por uma empresa portuguesa, a InfoPortugal, que vai comercializá-lo dentro de duas semanas no mercado espanhol (ver texto em baixo).

"O Rei teve uma reacção de surpresa", revelou Cavaco aos jornalistas, assim que o Presidente da República (que também é possuidor de um dos dois únicos telemóveis dotados de semelhante software) lhe explicou que a partir daquele equipamento podia aceder a oito línguas e uma área geográfica que se estende a 15 países europeus.

"Eu próprio já procurei a minha casa e os restaurantes das redondezas, onde até consegui ver as ementas e os respectivos preços", explicou Cavaco Silva, visivelmente rendido às novas tecnologias, sobretudo se forem de produção nacional. Como é o caso.
-In Diário de Notícias


Nem outra coisa seria de esperar dum tecnocrata como Presidente.
Que interessam a cultura ou a identidade nacionais?
Vivam as empresas, viva a cultura(?) empresarial.
Um telemóvel português, pois sim senhor! Agora cá Vistas Alegres, encadernações de “os Lusíadas”, ou estatueteas de prata de Eças de Queirós….
Isso já era!

Portugal é um paraíso empresarial onde as tecnologias reinam por entre os pinhais ainda à beira-mar plantados, mas… que em breve se substituirão por grandes parques empresariais.

...A merda dos pinheiros...

terça-feira, setembro 26, 2006

Faltar ao trabalho por motivo de doença vai obrigar os trabalhadores da Função Pública, beneficiários da ADSE – regime de protecção social dos empregados do Estado –, a apresentar atestados médicos passados pelos centros de saúde. Até agora tinham apenas que apresentar nos serviços um atestado passado por qualquer médico, do sector público ou privado. - in Correio da Manhã

Mais de um milhão de portugueses (1.130.623) não tem médico de família. A percentagem de utentes sem médico de família agravou-se de 2004 para 2005, em 1% - in Correio da Manhã


...no comments....

sábado, setembro 23, 2006

BIRREGRADOS

Os nossos emigrantes misturam o português com o francês, por exemplo, e nós achamos graça.
E, entretanto, se estamos falando dum assunto científico ou técnico , e dizemos feedback, em vez de retroacção, ou feeling, em vez de sensação, já não achamos graça.
Até achamos que é prova de elevada cultura(?!).

Pois.
Vacances é que não!

A língua é um conjunto de regras aprendido.
Tal como o comportamento.

Na escola, é regra de sala de aula, para os alunos, o silêncio, excepto se questionados ou autorizados a falar depois do braço no ar, por exemplo.
E a escola propõe-se que todos tenham este comportamento.

Entretanto, não podemos alterar a fala dos nossos emigrantes, na verdade não podemos "desinteriorizá-los" do francês, por exemplo, pelo simples facto de eles necessitarem dele no seu dia a dia, em França.
Eles têm de ser bilingues, por necessidade.

Não lhes basta saber francês, têm de o ter na "ponta da língua"!
E por isso dizem e irão continuar dizendo, “vacances”…. De vez em vez. Salta-lhes!

E os putos do bairro, poderão eles modificar o seu comportamento como a escola lhes exige? Ou precisarão eles de ter como regra o falar de imediato sem espera de tempos para autorização?

Conseguiriam eles alguma vez fazer-se ouvir no bairro, se ficassem à espera que os adultos lhes pedissem a sua opinião?

Na escola o menino não deve agredir o colega.

Se ele o ofendeu deve conversar até chegar a um entendimento.
E a escola procura modificar o comportamento do puto do bairro, neste sentido.

Mas será este comportamento o adequado ao puto do bairro, ou poderia tal comportamento, se ele o adoptasse, provocar-lhe graves consequências psicológicas e até mesmo físicas na sua vida diária no bairro?

O puto do bairro se é injuriado e tenta conversar com o injuriador para chegar a entendimento provavelmente é novamente injuriado e agora com mais violência e se de novo tenta a conversa serena como meio de solução do conflito, a seguir é leva porrada e se não responde à porrada com porrada, o mais certo é levar mais e mais porrada.


No bairro, o comportamento adequado ao puto do bairro, é ser agressivo.
É uma questão de sobrevivência.

(Por isso eu e tu, colega, a todo o custo evitamos passar no dito bairro. Porquê? Porque nem tu nem eu temos os comportamentos adequados à nossa sobrevivência lá. Teríamos de modificar os nossos comportamentos para lá conseguirmos viver.
Se por acaso, passamos perto, de carro, evitamos parar, fechamos as janelas. O nosso comportamento não é adequado ao bairro e nós bem sabemos disso!!!)

Meninos não devem usar canivetes.
Na escola!
Pois não.
Mas é preciso dizer “na escola”!!!

Porque no bairro, pode bem ser ao contrário, se o menino não quiser correr o risco de ser violado pelo Manecas, que todos conhecem mas que por lá continua, como sempre.


É bom que mostre bem que traz consigo a naifa e que não tem medo de a usar se for preciso!

Pois é.
A escola pensa que pode modificar comportamentos inocuamente mas não é bem assim.


Modificar um comportamento adaptativo pode significar a destruição da adaptação conseguida e isso pode traduzir-se no limite, na morte do indivíduo cujo comportamento se alterou e desajustou do meio em que vive.
(É por isso que uma águia ao fim de vários anos em cativeiro, morreria se viesse a ser devolvida ao seu espaço natural – perde competências adaptativas)


Porque a escola, procura retirar comportamentos ao puto, mas não procura retirar o puto do bairro.

Como se gere então o caso, na prática?

Na prática o que de facto acontece é que a escola não modifica comportamento nenhum apenas sobrepõe um comportamento (o da escola) a outro comportamento (o do bairro).


E, portanto, como a cada comportamento corresponde um conjunto de regras, estes putos do bairro, têm, ao contrário dos outros, dois conjuntos de regras comportamentais a usar consoante o local em que se encontram.

São os birregrados.

E também, como os nossos emigrantes que dizem: “Que pena, tenho de me despedir que se acabaram as vacances”,

de vez em qundo estes putos irritam-se e respondem com um pontapé no cu ou um murro nas trombas a outro menino….mas depois, pedem civilizadamente desculpas, aplicando correctamente o novo comportamento que a escola lhes ensinou….

Atrair os pais às escolas

Uma das justificações que a Srª Ministra apresenta para a participação dos Pais na avaliação dos professores, é a de incentivar a participação dos mesmos na vida das comunidades escolares.

Ok

Pois hoje andei pelas malhas da legislação para saber como pode um pai que seja funcionário do estado, justificar legalmente faltar ao seu trabalho para participar numa reunião com, por exemplo, o Director de Turma da escola do seu filho.
E, depois de muito procurar, encontrei a resposta:

NÃO PODE legalmente justificar essa falta!

Ou seja, à Srª Ministra, que tanto se preocupa com a a participação dos pais nas escolas, ainda não lhe passou pela cabeça fazer compreender ao Sr Sócrates que é urgente que o estado possibilite aos seus funcionários faltarem justificadamente, pelo menos uma vez por mês, se convocados a uma reunião, pela escola dos seus filhos.

Que diabo, para quem tanto se preocupa com a participação dos pais na vida da escola, não se lembrar de uma coisa tão simples não é, pelo menos, estranho???

Então, é assim:

Então, é assim:

Diariamente, meticulosamente, eles lêem e processam a informação publicada, escrita, radiofónica ou televisiva. E registam o que de relevante (discordante, menos inócuo ou deveras perturbador) aparece contra os "donos". E registam a autoria.

Entretanto, tu, livre cidadão dum estado democrático, inocentemente usaste o teu direito de expressão e deste uma entrevista contundente. E, naturalmente, estás tranquilo pois não fizeste qualquer crime.

Mas.... A informação foi processada e considerada grave.

Então eles passam à fase 2.
Ver quem é o autor.

Tu tranquilamente revelaste o nome, visto que consideraste um direito teu inalienável o de pôr a nu aquilo que em teu entender está errado.

Por isso pouco trabalho lhes dá descobrir o autor. E passam à fase 3.

E vão espiolhar a tua vida e descobrir uma falha, sei lá, uma multa por pagar....uma autorização que devias ter pedido superiormente e não pediste....uma falta que te esqueceste de justificar....enfim, algo que pela pouca importância que lhe deste, nem mais te passou pela cabeça ou de que nem sequer tiveste consciência. Mas eles buscam, rebuscam e encontram.

Entretanto tu fazes a tua vida diária normal, deitas-te, levantas-te...Mmal sabes tu que estás sob investigação....

E passam à fase 4.

Comunicar ao teu superior hierárquico a situação que eles descobriram. E pôem-te um processo. E tens "a folha feita"! A sanção irá até onde for possível legalmente.

E não há censura.
E não se infringe a lei.
E não se proibe ninguém de falar.
Estamos no reino da democracia!!!!!


Ficção???
Garanto que aqui não há ficção nenhuma!

quarta-feira, setembro 20, 2006







Aqui se reproduzem alguns cartoons assinados pelo seu autor, que eu não sei quem, é mas que muito admiro pela sua criatividade.
("clica"nas imagens para as veres melhor)

terça-feira, setembro 19, 2006

Censura? Não, pior: manipulação!

"O Ministério impôs à produção do Programa Prós & Contras, pela mão do responsável pelo marketing do ME Ramos André, que não convidassem o colega Mário Nogueira da FENPROF, que, como sabem, é o porta-voz da FENPROF para a revisão do ECD! Assim se explica a presença (abnegada, aliás, de António Avelãs). Mais: o presidente do CE das Taipas e o do Algarve foram convidados por indicação do ME!!! Como eu já tinha alertado aqui: o jogo estava viciado! Não se devem exigir milagres aos sindicatos quando a atitude do ME é desta índole, fascista e intolerante!!!" - informação retirada do forum dos professores:
http://www.phpbbplanet.com/forum/viewtopic.php?t=1474&sid=3b5101ce5eec7191b26357b8050d09f1&mforum=fagulha

segunda-feira, setembro 18, 2006

Declaração política de Jorge Pires

Há precisamente um ano, numa altura em que o governo através de uma intensa campanha de marketing, procurava “vender” a ideia de que a abertura do ano lectivo se caracterizava pela normalidade e estabilidade, o PCP afirmou que as decisões que o governo vinha a tomar, não só não resolveriam nenhum dos muitos problemas de que padece o nosso sistema educativo, como iriam criar níveis de instabilidade propícios ao crescimento do insucesso e à falta de qualidade do sucesso. Mais uma vez tínhamos razão. O ano lectivo começou mal e acabou pior.
Sem que o governo tenha procurado entender as razões do protesto de professores, pais e alunos e muito menos tenha tomado as medidas necessárias para combater a crise que se vive no sistema educativo, o actual discurso do governo, apesar de algumas diferenças por razões de táctica política, mantém-se no essencial.
Estaríamos perante uma cópia integral do que foi dito na abertura do ano lectivo 2005/2006 se não fossem as referências ao valor social da profissão de professor, à decisão de atribuir um prémio «ao melhor professor do ano» e as preocupações da Ministra com os salários dos professores mais jovens, discurso que não deve ser levado a sério porque tem origem nos mesmos que andaram 18 meses a denegrir a profissão docente na opinião pública, a transformar os professores nos únicos responsáveis pelos níveis de insucesso escolar e de abandono precoce e que acabaram com os estágios remunerados.
Nos últimos dias ficámos a saber que para o Ministério da Educação ter 90% dos professores colocados e as escolas em condições técnicas de funcionamento, eram condições suficientes para garantir o sucesso escolar. Mas não é assim e o ministério sabe-o bem como fica claro quando lava as mãos como Pilatos, transferindo para outros, entenda-se os professores, alunos e agora também as autarquias, as responsabilidades de tudo o que de mal vier a acontecer durante o ano lectivo.
Para o PCP não há nem normalidade nem estabilidade na abertura do ano lectivo, desde logo porque o governo tomou um conjunto de medidas que vão agravar ainda mais a instabilidade no corpo docente com consequências no processo ensino/aprendizagem, nas motivações dos alunos e na vida das famílias.
Como é possível ter estabilidade e sucesso, quando na abertura do ano lectivo os professores estão confrontados com um processo de colocação marcado por inúmeros erros, irregularidades e ilegalidades que estão a provocar numerosas injustiças e estão a levar a uma profunda indignação por parte destes? Do concurso fica a revolta que vivem os professores silenciada pela indiferença dos responsáveis do Ministério da Educação. Ficam 1500 lugares por preencher porque desapareceram misteriosamente em concurso. Ficam os erros, as ilegalidades e as irregularidades não corrigidas. Ficam as confusões decorrentes da reestruturação dos grupos de recrutamento, com especial incidência nos de Educação Tecnológica, de Português e Francês ou no Direito e Economia. Deste concurso fica o clima de instabilidade que hoje marca o exercício da profissão docente. Fica a insatisfação dos professores. Fica a perturbação introduzida nas escolas pelo ME. Fica uma grande tristeza que antecipa para Setembro o cansaço que naturalmente deveria surgir só no final do ano lectivo.
Como é possível ter estabilidade e sucesso, quando está em curso um processo de encerramento, por agora, de cerca de 1500 escolas do 1º Ciclo do Básico sem que a lista definitiva seja ainda hoje conhecida e quando se sabe que uma grande parte dos problemas que vão surgir com a transferência dos alunos para as escolas de acolhimento, não estão ultrapassados? A decisão de encerrar estas escolas, a sua grande maioria no mundo rural, não se desliga de uma opção sustentada na tese “se não existir nada, então justifica-se que nada exista”.
A Ministra da Educação confrontada já nestes primeiros dias com as consequências de uma medida irresponsável, tomada apenas por razões economicistas, vem agora dizer que a responsabilidade do encerramento das escolas não é do governo mas das autarquias, quando durante meses as Direcções Regionais de Educação andaram a pressionar as autarquias para que estas encerrassem as escolas e assumissem a responsabilidade de resolverem os problemas logísticos como as obras nas escolas de acolhimento, os transportes escolares e a alimentação.
Veja-se por exemplo o que está acontecer na escola do Seixo no concelho de Sernancelhe e na escola de Arnas no concelho de Moimenta da Beira, ambas encerradas, com os alunos a serem divididos por outras escolas. Os pais foram informados no primeiro caso na missa e no segundo pelo presidente da Junta, de que os alunos teriam de levar pratos, talheres e copos para poderem almoçar. Ou como em Arouca onde foram encerradas 15 escolas e agora uma parte dos miúdos estão a ser instalados em contentores, onde chove, sem ligação à escola, ou ainda, no caso da EB1 de Arouca com mais 50% de turmas do que salas disponíveis (oito), estando os alunos a ser transferidos para as instalações de uma Associação local onde não existem mesas e cadeiras. Também em Sernancelhe, os alunos, para almoçar, são obrigados a levar a loiça de casa e, mais grave ainda, pretende-se que almocem na sala de aula. Perante a recusa dos pais em aceitar respostas tão desqualificadas, responsáveis do Ministério da Educação ameaçam com o envio de forças policiais para, dizem, impor a legalidade.
São apenas alguns exemplos dos muitos que estão sinalizados em todo o País cuja solução não passa por suspender por um ano a aplicação da decisão de encerrar, mas por uma abordagem séria da reorganização do parque escolar tendo em conta critérios pedagógicos, de desenvolvimento local, que não interrompa o diálogo intergeracional fundamental para manter a identidade cultural de um povo, com a preocupação do Estado ter um papel regulador, mantendo a unidade do sistema sem procurar uniformizá-lo.
Como é possível ter estabilidade e sucesso quando são conhecidas as graves lacunas no plano da estrutura e conteúdos curriculares, como está a acontecer particularmente com o 1º e 3º Ciclo do Básico e com o Secundário, neste último caso com graves incidências no percurso dos alunos que continuam os estudos no ensino superior? Conforme o PCP denunciou em momentos anteriores, a prática tem vindo a demonstrar que a actual estrutura curricular do Ensino Secundário não serve os interesses dos jovens ou do País e, ao invés de permitir um melhor sucesso escolar e educativo, esta estrutura é geradora de mais insucesso e abandono escolar. A flexibilidade e hipótese de escolha das disciplinas são mera aparência, sendo a realidade muito diferente: as escolhas das disciplinas são condicionadas aos números mínimos de alunos exigidos pelo Ministério da Educação para a respectiva abertura. Por outro lado, denunciamos como extremamente negativa a possibilidade de acesso ao Ensino Superior sem a obrigatoriedade de frequência e aprovação no 12º ano de disciplinas fundamentais aos vários cursos – exemplo, como Física, Química, Literatura Portuguesa, etc..
Como é possível ter estabilidade e sucesso quando, por uma mera medida administrativa, os alunos com necessidades educativas especiais de carácter prolongado (conceito inadequado e restritivo, que o M.E. insiste em usar) passam de 65.000 (ano lectivo de 2005/2006) para 25.000 (ano lectivo de 2006/2007)? Bem pode o ME justificar a medida, dizendo que se chegou a este número por uma sinalização mais rigorosa e pela aplicação de taxas de incidência científicas, quando as verdadeiras razões são de ordem economicista como se pode comprovar na brutal redução de mais de 50% no número de docentes de Educação Especial, de mais de 7.000 do anterior ano lectivo para cerca de 3.500 no actual.
Como é possível ter estabilidade e sucesso, quando estudos credíveis apontam como uma das principais causas do insucesso e abandono escolares as difíceis condições socio-económicas da esmagadora maioria das famílias portuguesas, situação que tem vindo a piorar como os dados recentes sobre o endividamento das famílias confirmam? Não só não é possível, como a manutenção deste modelo educativo por muito mais tempo, trará danos irreversíveis às novas gerações no plano das qualificações e competências e ao País, nos planos económico e social.
Estamos convictos que, ao longo do ano lectivo, a vida vai, infelizmente, encarregar-se de confirmar a análise que o PCP faz da situação de crise que se vive na Educação e da demagogia que percorre todo o discurso do governo na abertura do ano lectivo. Uma análise que incorpora desde logo a consideração de que a reestruturação em curso do Sistema Educativo, mesmo sem que tenha sido aberto qualquer processo de revisão substancial da Lei de Bases, se enquadra num processo mais global que está em curso na União Europeia e que recebeu um forte impulso com a cimeira de Lisboa de 2000, a qual tem como um dos objectivos mais importantes a alcançar, colocar a educação e o ensino sob o controlo e ao serviço do capital europeu, tendo em vista gerir as necessidades de mão de obra qualificada para o mercado de trabalho, consoante a divisão internacional ditada pelo capital nesse espaço Europeu, independentemente da identidade e interesses próprios de cada um dos seus estados membros.
Marca também, negativamente, este início de ano lectivo, a tentativa do ME/Governo de desvalorizar social e material e profissionalmente os educadores e professores, visível no projecto de revisão do Estatuto da Carreira Docente que apresentou. Sem uma negociação efectiva, o ME pretende impor uma redução real dos salários e usufruir ao longo de toda a carreira e a redução ou mesmo eliminação de direitos fundamentais de cidadania, como sejam o direito à protecção na doença ou beneficiar, sem consequências na carreira, de licença de Maternidade.
Hoje a política educativa em Portugal é definida em função das estatísticas, resumindo-se à gestão do parque escolar e dos recursos humanos (professores) numa perspectiva economicista e do aumento do número de diplomas a qualquer preço. O aumento do financiamento das escolas privadas com dinheiros públicos, a crescente desresponsabilização do Estado face às suas responsabilidades constitucionais nesta área, abrindo espaço para a intervenção do sector privado, as barreiras cada vez mais evidentes no acesso e sucesso escolares que são colocadas aos jovens oriundos das classes mais desfavorecidas, tornando o sistema cada vez mais elitista, são componentes fundamentais das mudanças que se estão a verificar.
O PCP reafirma a necessidade de se orientar o nosso Sistema Educativo de acordo com o interesse nacional, incorporando desde logo o princípio de que investir em Educação é investir no País e não, como tem vindo a acontecer, considerar este investimento como mais uma despesa. Um Sistema Educativo que prepare os homens e as mulheres de amanhã numa perspectiva integral de formação e não apenas a pensar no mercado de trabalho. Um Sistema Educativo que integre uma escola que combata as desigualdades económicas e sociais, que dê aos alunos, a todos os alunos, iguais oportunidades e os apoios necessários para que tenham sucesso escolar e educativo.

quinta-feira, setembro 14, 2006

quarta-feira, setembro 13, 2006

DEMOCRACIA ou SIMPLES FRAUDE???

Qual é a legitimidade democrática real da maioria das associações de pais das escolas portuguesas?

Quais as exigências legais que permitem assegurar essa mesma legitimidade democrática?

Na realidade, elas não existem de todo. Para a constituição de uma associação de Pais numa escola basta meia dúzia de pais ou nem tantos.... Eis o que diz a lei:

Artigo 5.ºConstituição
1 - Os pais e encarregados de educação que se queiram constituir em associação de pais devem aprovar os respectivos estatutos.2 - Depois de aprovados, os estatutos devem ser depositados na Secretaria-Geral do Ministério da Educação, acompanhados de uma lista dos respectivos outorgantes, com identificação completa e morada de cada um, e de certificado de admissibilidade da denominação da associação, emitido pelo Registo Nacional de Pessoas Colectivas.3 - O Ministério da Educação remeterá cópia dos documentos referidos no número anterior à Procuradoria-Geral da República para controlo de legalidade, após o que promoverá a respectiva publicação gratuita no Diário da República.4 - As associações de pais podem funcionar, a título provisório, logo que se mostre cumprido o disposto no n.º 2.(Aditado pelo Decreto-Lei n.º 80/99 de 16 de Março)


Et c'est fait!

Depois, mais sócios a pagar quotas dão mais dinheiro, menos sócios darão menos...mas aquelas 6 pessoas que se autoconstituiram em Associação de Pais duma escola, gozam para todos os efeitos, dos direitos estabelecidos na Lei e que não são poucos, (para além de receberem subsídios de diversas entidades), senão vejamos:

Artigo 9.ºDireitos
Constituem direitos das associações de pais:a) Pronunciar-se sobre a definição da política educativa;b) Participar na elaboração de legislação sobre educação e ensino;c) Participar, nos termos da lei, na administração e gestão dos estabelecimentos de educação ou de ensino;d) Reunir com os órgãos de administração e gestão do estabelecimento de educação ou de ensino em que esteja inscrita a generalidade dos filhos e educandos dos seus associados, designadamente para acompanhar a participação dos pais nas actividades da escola;e) Distribuir a documentação de interesse das associações de pais e afixá-la em locais destinados para o efeito no estabelecimento de educação ou de ensino;f) Beneficiar de apoio documental a facultar pelo estabelecimento de educação ou de ensino ou pelos serviços competentes do Ministério da Educação;g) Beneficiar de isenção de emolumentos e taxas a cobrar pelo pedido de emissão de certificados de admissibilidade da denominação e do respectivo cartão de identificação de pessoa colectiva. (revogado pelo Regulamento Emolumentar dos Registos e Notariado, alínea e), do nº1, art.º 2º do DL nº322-A/2001, de 14 de Dezembro. Norma de revogação geral: “Todas as normas que contenham isenções ou reduções emolumentares relativamente a actos praticados nos serviços dos registos e do notariado.”)(redacção do Decreto-Lei n.º 80/99 de 16 de Março)
Artigo 10.ºParticipação na definição da política educativa
As associações de pais, através das respectivas estruturas representativas, têm a faculdade de estar representadas nos órgãos consultivos no domínio da educação, a nível local, bem como em órgãos consultivos a nível regional ou nacional com atribuições nos domínios da definição e do planeamento do sistema educativo e da articulação desta com outras políticas sociais.(redacção do Decreto-Lei n.º 80/99 de 16 de Março)
Artigo 11.ºParticipação na elaboração da legislação
As associações de pais, através das respectivas confederações, são consultadas no processo de elaboração de legislação sobre educação e ensino.(redacção do Decreto-Lei n.º 80/99 de 16 de Março)
Artigo 12.ºReunião com órgãos directivos
1 - As reuniões entre as associações de pais e os órgãos de administração e gestão dos estabelecimentos de educação ou de ensino podem ter lugar sempre que qualquer das referidas entidades o julgue necessário.2 - Sempre que a matéria agendada para a reunião o aconselhe, pode a associação de pais solicitar aos órgãos de administração e gestão do estabelecimento de educação ou de ensino que sejam convocados para as reuniões outros agentes do mesmo estabelecimento.(redacção do Decreto-Lei n.º 80/99 de 16 de Março)
Artigo 13.ºApoio documental
1 - O apoio documental às associações de pais compreende o acesso a legislação sobre educação e ensino, bem como a outra documentação de interesse para as mesmas associações.(redacção do Decreto-Lei n.º 80/99 de 16 de Março)2 - As associações podem, nos termos de protocolos a celebrar com os estabelecimentos de educação ou de ensino e dentro das disponibilidades orçamentais destes, beneficiar de outros apoios de carácter técnico ou logístico.
Artigo 14.ºDeveres dos órgãos directivos dos estabelecimentos de educação ou de ensino
1 - Incumbe aos órgãos directivos dos estabelecimentos de educação ou de ensino, de acordo com as disponibilidades existentes:a) Viabilizar as reuniões dos órgãos das associações de pais;b) Facultar locais próprios de dimensão adequada, para a distribuição ou afixação de documentação de interesse das associações de pais.2 - A cedência de instalações para as reuniões dos órgãos das associações de pais deve ser solicitada ao órgão directivo do estabelecimento de educação ou ensino, com a antecedência mínima de cinco dias.


Ou seja, a lei permite a 6 pessoas auto-intitularem-se representativas dum universo por vezes enorme de pais e terem direito legal a participar nos orgãos de gestão duma escola em seu nome!


Alguém dúvida de que isto é a realidade???

Quem não conhece tantas e tantas associações de pais de escolas por esse país fora que nunca conseguem sequer ter pais presentes nas reuniões que convocam mas que, no entanto têm o seu representante e o seu direito a voto nas reuniões dos Conselhos Pedagógicos?!!!

Dir-se-á que é trabalho voluntário, sem compensação de espécie alguma.

Embora esse facto não altere em nada a questão da legitimidade democrática das direcções das A.P.E.E., a verdade é que nem sequer é assim, pois o facto de se ser dirigente associativo também confere algumas regalias constantes de documento legal (o estatuto do dirigente associativo), que a seguir se transcreve:

Artigo 3.ºPrincípio geral1 - Os dirigentes associativos voluntários não podem ser prejudicados nos seus direitos e regalias no respectivo emprego por virtude do exercício de cargos de direcção nas associações. 2 - Existindo outro regime mais favorável para o dirigente associativo voluntário, designadamente em instrumento de regulamentação colectiva de trabalho, esse regime prevalece sobre as disposições da presente lei. Artigo 4.ºCrédito de horas1 - As faltas dadas pelo presidente da direcção por motivos relacionados com a actividade da respectiva associação são consideradas justificadas, dentro dos seguintes limites, definidos em função do número de associados: a) Associação com um máximo de 100 associados: crédito de horas correspondente a meio dia de trabalho por mês; b) Associação com 100 a 500 associados: crédito de horas correspondente a um dia de trabalho por mês; c) Associação com 500 a 1000 associados: crédito de horas correspondente a dois dias de trabalho por mês; d) Associação com mais de 1000 associados: crédito de horas correspondente a três dias de trabalho por mês. 2 - O crédito de horas referido no número anterior pode ser utilizado por outro dirigente associativo, por deliberação da direcção, comprovada através do envio da respectiva acta às entidades empregadoras ou aos responsáveis pelo serviço público dos dirigentes associativos envolvidos. 3 - As faltas referidas nos números anteriores devem ser comunicadas à entidade empregadora ou ao responsável pelo serviço público, mediante aviso prévio prestado com antecedência mínima de quarenta e oito horas, salvo motivo relevante ou casos excepcionais devidamente justificados. 4 - Em sede do Conselho de Concertação Social poderá ser fixado um âmbito de aplicação mais alargado aos limites de dispensa de actividade profissional dos dirigentes associativos, referidos no n.º 1, ou outros membros de direcção executiva, quando em exercício de actividades relacionadas com a associação. Artigo 5.ºNão cumulação de crédito de horasNão pode haver lugar a cumulação do crédito de horas pelo facto de o dirigente associativo não exercer o direito previsto no artigo 4.º desta lei em determinado mês nem pelo facto de o trabalhador ser dirigente de mais de uma associação. Artigo 6.ºRegime de faltas1 - As faltas dadas ao abrigo do disposto no artigo 4.º pelos dirigentes associativos voluntários que sejam trabalhadores da Administração Pública são consideradas justificadas, não implicando perda de remuneração. 2 - Caso as entidades empregadoras decidam assumir os encargos remuneratórios correspondentes às faltas dadas por dirigentes associativos voluntários ao seu serviço, nos termos do n.º 1 do artigo 4.º, tais encargos serão considerados custos ou perdas para efeitos de IRC, sendo levados a custos em valor correspondente a 120% do total. Artigo 7.ºTempo de serviçoO tempo de serviço prestado às associações nos termos do artigo anterior conta para todos os efeitos como tempo de serviço prestado no local de trabalho, designadamente para promoções, diuturnidades, benefícios sociais ou outros direitos adquiridos. Artigo 8.ºMarcação de fériasOs dirigentes associativos voluntários têm direito à marcação de férias de acordo com as necessidades associativas, salvo se daí resultar incompatibilidade insuprível com o plano de férias da entidade empregadora ou do serviço. Artigo 9.ºSeguro de acidentes pessoais1 - Os dirigentes associativos voluntários beneficiam de um seguro de acidentes pessoais em deslocações fora do território nacional. 2 - Haverá uma comparticipação em 75% do prémio devido por seguros de acidentes pessoais que se destinem a cobrir a participação dos dirigentes associativos voluntários nas deslocações referidas no número anterior, mediante requerimento ao membro do Governo com competência na respectiva área de actividade, juntamente com os documentos comprovativos da natureza da deslocação, do seguro realizado e dos riscos cobertos. 3 - A comparticipação referida no número anterior só pode abranger um dirigente por deslocação. 4 - A comparticipação tem como limite máximo o valor do prémio correspondente a um capital igual a 400 vezes o salário mínimo nacional.

Na sequência desta sua constituição, muitas destas associações unem-se e formam uma confederação.

Depois a esta confederação de Associações que na verdade só se representam a elas próprias, é otorgado o direito de se pronunciar em nome de todos os pais e encarregados de educação deste país!

Mas....de quais pais????

Da grande maioria dos pais que nunca deu nenhuma opinião porque nunca participou em nenhuma reunião de associações de pais???

Não é de democracia que se trata mas sim de deficit democrático e de usurpação de competências!!!

Versões diferentes

Este resumo não está disponível. Clique aqui para ver a mensagem.

terça-feira, setembro 12, 2006

Ainda bem que amanhã já é segunda-feira!!!

Não há nenhuma razão de carácter pedagógico ou didáctico que possa servir de argumento para o calendário escolar ter início antes de 15 de Setembro.

Muito antes pelo contrário!

Na verdade, a necessidade de uma preparação cuidada do funcionamento das escolas, elaboração de horários, organização de espaços de actividades extra-lectivas, criação de condições físicas e humanas para que o ano escolar se desenvolva da melhor forma, aponta para tudo menos para um pressionar das escolas, professores, auxiliares de acção educativa e funcionários administrativos no sentido de "pôr a escola em marcha" a todo o vapôr.

Infelizmente, continua a querer entender-se a escola, não como um local de aprendizagem dos alunos mas como um local de armazenamemnto de alunos.

E só neste cotexto de entendimetno se pode compreender a histeria da CONFAP pelo facto das escolas, respeitando a lei, terem optado pela data que, apesar de desfavorável, melhor permite a preparação do desenvolvimento das actividades escolares.

Mas, para além das necessidade de proporcionar às escolas o tempo adequado para a preparação do novo ano escolar, deve ainda considerar-se o clima português e ter em consideração que as temperaturas elevadas que se têm vindo a registar neste últimos dias do mês de Setembro são tudo menos convidativas para que os alunos estejam encerrados dentro de salas (e de ano para ano cada vez o estão mais tempo) com a atenção necessária para conseguirem aprender.

Parece que à CONFAP o que interessa mesmo é que os pais se "consigam ver livre dos filhos" o quanto mais depressa melhor, preocupando-se pouco com as consdições para a sua aprendizagem.

Faz lembrar a velha expressão que todos nós já ouvimos:
"Ah, filho, ainda bem que amanhã já é segunda-feira e vais para a escola, que já não te consigo aturar em casa!

segunda-feira, setembro 11, 2006

De luto e em luta

Todos de luto
e todos em luta,

no próximo dia 15 de Setembro!!!

sábado, setembro 09, 2006

30 anos depois, relembrando MAO Zedong















Ano de 1966. O ano da 1ª "Revolução Cultural".

Objectivo real: destruir os opositores às políticas do "Grande Lider".

Durante este período negro da China, em que milhões de pessoas foram assassinadas, também os professores estiveram na linha da frente como inimigos a destruir.

Então, por todas as escolas do país, os estudantes munidos do Livrinho Vermelho dos pensamentos de Mao, atavam professores a cadeiras, espancavam-nos, exibiam-nos com cartazes atados com slogans humilhantes e em muitos casos matavam-nos.

SENHORA MINISTRA, PARA QUANDO A DISTRIBUIÇÂO AOS PAIS E AOS ALUNOS DUM LIVRINHO VERMELHO DE SUA AUTORIA???

Carrilho tinha razão

E aí está ela em funcionameneto de novo.
A Central de informação do governo.

É ver as notícias nos jornais relatando estudos e mais estudos em que se pretende fazer crer que os professores ganham bem, e que são são uns privilegiados da sociedade.

Só que tais notícias surgem no exacto momento em que o Governo pretende impor uma nova carreira docente que se traduz numa descida significativa dos vencimentos dos professores.

Coincidências????

Claro que não.

É a "Central de Informações" em funcionamento, tentando, mais uma vez mobilizar "os fantoches da ministra" na luta contra os professores.

E tudo, sempre tudo, a bem do ensino....

Carrilho bem alertou.

O PIB como referência

"Tendo como valor de referência o Produto Interno Bruto (PIB) per capita de cada país, Ben Jensen disse que, de acordo com dados de 2003, Portugal só é ultrapassado pela Coreia e pelo México" - in Correio da Manhã

Ben Jensen não fez o estudo relativamente aos indigentes que vivem de pedir esmolas e que dormem por aí por esses bancos dos jardins.
E foi pena.
É que se o fizesse, e tomasse mais uma vez por referência, o PIB per capita, ficaríamos também a saber que esses mesmos indigentes são riquíssimos, pois, tendo o PIB como referência, auferem das maiores esmolas mensais, no universo dos países da OCDE.
Porque....
É mesmo tudo uma questão de PIB per capita....

terça-feira, setembro 05, 2006

Hino a um Homem consequente


Pois, bem sei, não inicio a rentrée falando de ensino...
Mas não resisto a prestar aqui a minha homenagem a este grandioso camarada!

Avante, camarada, avante,
Junta a tua à nossa voz!
Avante,Pina Moura, avante, camarada
E a luz chegará para todos nós!


Ergue da noite, clandestino,
À luz da electricidade,
Que a iberdrola vai nascendo
Em nossas vozes vai crescendo
Um novo hino à claridade
Que a Iberdrola vai nascendo
Em nossas vozes vai crescendo
Um novo hino à claridade


Avante, camarada, avante,
Junta a tua à nossa voz!
Avante, Pina Moura, avante, camarada
E a luz chegará para todos nós!


Cerrem os punhos, companheiros,
Já vai tombando a EDP.
Libertemos sem demora
O mercado à Iberdrola
Ai quem te viu e quem te vê….
Libertemos sem demora
O mercado à Iberdrola
Ai quem te viu e quem te vê….


Avante, camarada, avante,
Junta a tua à nossa voz!
Avante,Pina Moura, avante, camarada
E a luz chegará para todos nós!


Para um novo clarear
Junta-te a nós, companheiro,
Que comigo vais levar
A cada canto, a cada lar
Os electrões do estrangeiro
Que comigo vais levar
A cada canto, a cada lar
Os electrões do estrangeiro



Avante, camarada, avante,
Junta a tua à nossa voz!
Avante, Pina Moura, avante, camarada
A Iberdrola será de todos nós!