quinta-feira, junho 07, 2007

Tão fácil e, porém, ainda tão difícil!

Concurso para professor titular.
O momento de criação de duas carreiras na mesma profissão.

Não fosse este concurso e as duas carreiras para sempre ficariam como uma aberração inscrita num papel legal e apenas isso.

Porque o que torna real a existência das duas carreiras, não é o diploma legal que as cria!
O que torna real essa existência é o facto de se cumprir o que o dito diploma diz. E cumpre-se com o concurso que agora tem lugar.

Logo, seria extremamente fácil, sem custos e sem grande esforço pessoal, impedir que o que está no diploma legal se tornasse real. Bastava para tanto que ninguém concorresse. E pura e simplesmente não haveria professor titular nenhum nem dupla carreira coisa nenhuma.

Mas ainda não chegou esse tempo. Ainda não.
Mas chegará!

Porque têm razão, de facto, os que dizem que as velhas formas de luta sindical estão ficando ultrapassadas.
Só que os que o dizem, não perceberam ainda que tal facto resulta do desrespeito pelas regras do funcionamento democrático, pela desvalorização constante dos direitos sindicais, pela intimidação democrática aos que fazem greve, pela exigência de estabelecer serviços mínimos que de mínimos e de essenciais não têm nada. Pela surdez organizada às reivindiucações. Pela consertação feita por meio do diálogo de surdos.

E não perceberam também, convencidos de que o fim da História já chegou, que a impossibilidade de se fazer valer os direitos pelas formas legais historicamente acordadas, levará inevitavelmente a que se comecem a desenvolver formas paralegais, semilegais ou ilegais de actuação.

Só que ainda não chegou o tempo de as novas formas estarem consolidadas para serem usadas. Ainda não.

Mas face ao ritmo acelerado em que a direita europeia, mascarada em alguns casos de socialista, insiste na destruição das formas mais diversas de estabilidade social dos cidadãos, e na destruição da próprias regras de funcionamento das democracias europeias, por certo que mais cedo do que tarde, essas formas novas de luta surgirão.

Por mim, vou dando o meu pequeno contributo, procurando que se reflicta sobre a urgente necessidade de organizar de forma "sustentada" a desobediência civil.

Bastava só que inguém concorresse para não haver consurso....

Basta só que ninguém vá votar, que não entre nem um voto nas urnas em Lisboa, para que nenhum dos figurões ao serviço de interesses que não são os nossos, possa ser eleito Presidente da Câmara de Lisboa.

E depois?

E depois.... Depois, logo se vê!
O que não podemos é permitir que a "fantochada" continue!!!

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