A possibilidade de uma greve deixa, no entanto, os pais “preocupados”. António Castela, presidente da Federação Regional de Lisboa das Associações de Pais (Ferlap), sustenta que perante o clima de contestação às políticas do Governo a posição da federação é a “manutenção do apelo, lançado no início do ano, para que sindicatos e Ministério da Educação levem a bom termo as negociações sem que isso prejudique o percurso escolar dos alunos”. -in Correio da Manhã
É natural, é justo, faz todo o sentido que os pais e, por consequência, as associações de pais e encarregados de educação que são representativas de alguns dos pais e mães deste país, se manifestem e manifestem as suas preocupações com a educação dos seus filhos.
Mas também é natural e é justo que o façam com a informação necessária com conhecimento de causa e sabendo tomar partido.
As associações de Pais não são uma Presidência da Republica que deva estar de bem com tudo e com todos, pelo menos publicamente.
E porque muitas coisas aconteceram nestas últimas semanas que mereceriam a viva preocupação dos pais e associações de alguns deles, estranho é que a preocupação só se manifeste relativamente a uma questão de curtíssimo prazo: as avaliações de final de período.
Apela o Sr Castela ao bom termo das negociações.
Mas pena foi que estas Associações não tivessem dado um passo no sentido de fazer compreender à Srª Ministra e sua equipa que a maioria das alterações ao estatuto são negativas para a melhoria do ensino em Portugal!!!!
Teriam assim talvez contribuido efectivamente para o tal "bom termo"das negociações! Deixaram passar a oportunidade. Foi uma pena!
Prefiram ficar de bem com Deus e com o Diabo...
Mas, para além da aprovação de um mau estauto da carreira docente que irá no concreto e no curto médio e longo prazo prejudicar gravemente o ensino neste país, foi também aprovado um muito mau orçamento de estado que corta a eito nas despesas com a educação.
Então e este aspecto, não deixa os pais e as Associações que representam alguns deles preocupados?
Pois. Será talvez preciso um acidente grave numa escola, por falta de haver quem efectue vigilância, para que então, para mostrarem que "estão vivos" aos outros pais, uma destas associações se lembre de fechar por umas horitas a tal escola a cadeado.
Mas entretanto o orçamento passou, e não se ouviram; o estatuto passou e não se ouviram; os filhos passaram a estar nas escolas em regime semi-prisional, e não se ouviram.
Não se ouvem relativamente a nada do que é estruturante.
Preocupam-se, afinal, é com as notitas....
domingo, dezembro 03, 2006
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