sexta-feira, dezembro 22, 2006

O futuro está nos microcosmos!!!

Mas, na realidade, para quê tantas escolas por esse país fora??? para quê? e Porquê?
Pois a solução é fácil e está ao alcance do País:

Trata-se da construção dos microcosmos educativos.

2 microcosmos educativos por capital de distrito.

Será a melhor maneira de promover a socialização e diluir o insucesso.

Um microcosmos educativo para o básico.

Outro microcosmos educativo escola para o secundário.

Poder-se-á aproveitar edifícios já existentes (castelos, palácios, centros comerciais) ou, em alguns casos construir de raíz, cnsoante as situações.

Mas, não obstante o investimento inicial (que até será provavelmente compensado pela venda das escolas existentes e terrenos que elas ocupam), o que se poupará em pessoal não docente será fantástico.
Embora nem sequer seja isso que importa.

O importante mesmo é que escolas grandes geram o sucesso escolar, e escolas pequenas o insucesso escolar.
Logo: em escolas gigantescas o sucesso escolar será enorme!!!

Embora não se saiba porquê, sabe-se que é assim.
Embora não haja estatísticas que o comprovem, a ministra diz que é assim.
E se ela o diz, ela socióloga de grande gabarito, não há pois necessidade de mais nenhuma espécie de comprovação.
É assim por que é assim.
É assim e pronto.

Aliás basta ouvir os fazedores de opinião de serviço (pois é verdade, fazedores de opinião...melhor dizer opinion makers - percebe-se menos a conotação antidemocrática da expressão, dizendo-a em Inglês) (sim, porque é verdade, paga-se a um conjunto de senhores para diariamente nos dizerem como havemos nós, simples mortais, de pensar!) (Bem que diziam alguns, nos velhos tempos logo a seguir ao 25 de Abril, que o povo não estava preparado para a democracia. Foi talvez aí que pela primeira vez se sentiu a necessidade da criação do cargo de "opinion maker", não vá o povo atrever-se a construir uma opinião sozinho...)

Mas, dizia eu, basta ouvir os opinion makers explicar que é mesmo verdade, que as escolas pequeninas são geradoras do insucesso e que os sindicatos de professores só as defendem por interesses corporativos.
E isto confesso que não percebo porque até julgava que os professores detestavam terem de ir "desterrados" dar aulas para o "cu de Judas" ainda por cima sem subsídios de deslocação ou de alojamento...

Mas, aí está a vantagen de haver opinion makers... é que nem preciso de perceber, basta escutá-los e depois repetir o que eles dizem e assimficamos certos de não errar, porque assim limitando-nos a reproduzir a opinião que nos fizeram ter por nós, ficamos muito mais seguros e descansados.

Até porque isto de haver tantas escolas até terá eventualmente razões históricas que se prendem com o desvario da 1ª Republica ao construir escolas por tudo o que era sítio...)O Estado-novo, nesse aspecto, não foi suficientemente eficaz, mas valha-nos-nos a Providência que nos deu agora Sócrates e sus muchachos e muchachas.

Portanto, sonhemos acordados:

Lisboa - uma mega escola do básico.
Será a escola de maior sucesso do País. Milhões de alunos juntos a socializarem-se mutuamente.
Vindos de todas as áreas da Grande Lisboa.
Um verdadeiro microcosmos educativo!

E outro microcosmos educativo igual para o secundário!

E assim garantiremos o sucesso da educação em Portugal.

(Bem, assim e claro, com as aulas de substituição!)

1 comentário:

José Carrancudo disse...

Basta de ironias, é necessária uma acção concreta. O nosso País está a sofrer as consequências da crise educativa generalizada, resultado das políticas governamentais dos últimos 20 anos, que empreenderam experiências pedagógicas malparadas na nossa Escola.

Ora, devemos olhar para o nosso Ensino na sua integra, e não apenas para os assuntos pontuais, para podermos perceber o que se passa. Os problemas começam logo no ensino primário, e é por ai que devemos começar a reconstruir a nossa Escola. Recomendo a nossa análise, que identifica as principais razões da crise educativa e indica o caminho de saída. Em poucas palavras, é necessário fazer duas coisas: repor o método fonético no ensino de leitura e repor os exercícios de desenvolvimento da memória nos currículos de todas as disciplinas escolares. Resolvidos os problemas metódicos, muitos dos outros, com o tempo, desaparecerão.

Devemos todos exigir uma acção urgente e empenhada do Governo, para salvar o pouco que ainda pode ser salvo.