Recordando o post que aqui coloquei em 8 de Novembro de 2005.
Clica aqui
segunda-feira, janeiro 23, 2006
sábado, janeiro 21, 2006
Força, Fenprof!!!
Notícia publicada em 18-01-06 no Diário de Notícias:
"O pagamento aos professores das aulas de substituição como horas extraordinárias vai ser decidido pelos tribunais. Depois de o Ministério da Educação (ME) ter indeferido as contestações hierárquicas dos docentes, a Federação Nacional dos Professores (Fenprof) afirmou ontem que irá patrocinar o recurso às instâncias judiciais para exigir o pagamento das actividades educativas efectuadas pelos professores fora dos horários lectivos. A medida, afirma a estrutura, tem por base o disposto no Estatuto da Carreira Docente."
"O pagamento aos professores das aulas de substituição como horas extraordinárias vai ser decidido pelos tribunais. Depois de o Ministério da Educação (ME) ter indeferido as contestações hierárquicas dos docentes, a Federação Nacional dos Professores (Fenprof) afirmou ontem que irá patrocinar o recurso às instâncias judiciais para exigir o pagamento das actividades educativas efectuadas pelos professores fora dos horários lectivos. A medida, afirma a estrutura, tem por base o disposto no Estatuto da Carreira Docente."
segunda-feira, janeiro 16, 2006
Sindicatos em hibernação????
É verdade: fez-se um dia de greve e uma grandiosa manifestação.
Dir-se ia que os sindicatos consideram ter cumprido o seu papel....E viva a paz social, agora. Reuniões de gabinetes e pouco mais...
A força dos sindicatos não vem , porém, das reuniões de gabinete mas sim da mobilização que conseguirem produzir nas classes que representam!!!!
E no entanto, nem sequer será preciso pensar muito para descobrir várias iniciativas mediáticas que muito podem contribuir para não permitir o adormecimento da luta e que nem são assim tão difíceis de efectuar.
Exemplos:
-delegações sindicais de apresentação das principais razões de queixa dos professores, junto dos vários candidatos à Presidência da República (escolhendo os melhores momentos para aparecerem na TV, claro) e obrigando os candidatos a tomarem posição sobre as questões em causa, até para se saber o que pensam sobre elas;
-delegações sindicais junto dos vários líderes parlamentares na Assembleia da Republica para apresentação das principais razões de descontentamento dos professores,
-petição publica para agendamento e discussão na Assembleia da República dos assuntos mais urgentes na educação;
-conferências de imprensa sempre que sai mais um disparate da autoria da tutela (e eles saem quase semanalmente);
-elaboração de manifesto aos pais e encarregados de educação e sua distribuição em mão explicando porque razão o ensino está agora pior, já que os professores deixaram de ter tempo para preparar as aulas convenientemente
-elaboração de manifesto aos pais e encarregados de educação explicando-lhes que os planos de recuperação dos seus educandos são uma vigarice, já que não há nas escolas professores que cheguem para dar apoio individual aos alunos com dificuldades de aprendizagem
-marcação de greve até final do 2º período ao serviço de substituições;
-publicação de publicidade simultânea em todos os jornais nacionais, mediática, com a foto da ministra, e um título, por exemplo "O pior que já se viu na educação"
Agora o que realmente não funciona, é que se esteja a olhar para o umbigo (por exemplo discutindo alterações a estatutos internos) em vez de se estar a programar a luta!!!
Ou estes sindicatos acordam de vez, ou então terá de ser criado um novo!
Dir-se ia que os sindicatos consideram ter cumprido o seu papel....E viva a paz social, agora. Reuniões de gabinetes e pouco mais...
A força dos sindicatos não vem , porém, das reuniões de gabinete mas sim da mobilização que conseguirem produzir nas classes que representam!!!!
E no entanto, nem sequer será preciso pensar muito para descobrir várias iniciativas mediáticas que muito podem contribuir para não permitir o adormecimento da luta e que nem são assim tão difíceis de efectuar.
Exemplos:
-delegações sindicais de apresentação das principais razões de queixa dos professores, junto dos vários candidatos à Presidência da República (escolhendo os melhores momentos para aparecerem na TV, claro) e obrigando os candidatos a tomarem posição sobre as questões em causa, até para se saber o que pensam sobre elas;
-delegações sindicais junto dos vários líderes parlamentares na Assembleia da Republica para apresentação das principais razões de descontentamento dos professores,
-petição publica para agendamento e discussão na Assembleia da República dos assuntos mais urgentes na educação;
-conferências de imprensa sempre que sai mais um disparate da autoria da tutela (e eles saem quase semanalmente);
-elaboração de manifesto aos pais e encarregados de educação e sua distribuição em mão explicando porque razão o ensino está agora pior, já que os professores deixaram de ter tempo para preparar as aulas convenientemente
-elaboração de manifesto aos pais e encarregados de educação explicando-lhes que os planos de recuperação dos seus educandos são uma vigarice, já que não há nas escolas professores que cheguem para dar apoio individual aos alunos com dificuldades de aprendizagem
-marcação de greve até final do 2º período ao serviço de substituições;
-publicação de publicidade simultânea em todos os jornais nacionais, mediática, com a foto da ministra, e um título, por exemplo "O pior que já se viu na educação"
Agora o que realmente não funciona, é que se esteja a olhar para o umbigo (por exemplo discutindo alterações a estatutos internos) em vez de se estar a programar a luta!!!
Ou estes sindicatos acordam de vez, ou então terá de ser criado um novo!
domingo, janeiro 15, 2006
OS PROFESSORES E OS CANDIDATOS
Cloca uma cruz à frente dos nomes dos candidatos relativamente aos quais tens maior certeza de que:
1. Não exerceriam o seu direito de veto relativamente ao decreto sobre os consursos plurianuais:
Cavaco
Soares
Alegre
Jerónimo
Louçã
Garcia
2. Não questionariam o governo dobre o congelamento das progresões na carreira, aceitando tal situação como política necessária:
Cavaco
Soares
Alegre
Jerónimo
Louçã
Garcia
3. Não teriam qualquer objecção à transformação dos conteúdos funcionais da carreira docente, permitindo sem objecções que os professores se transformem em animadores.
Cavaco
Soares
Alegre
Jerónimo
Louçã
Garcia
4. Não questionariam o governo sobre a necessidade de mais tempo de preparação de aulas para os professores
Cavaco
Soares
Alegre
Jerónimo
Louçã
Garcia
5. Não teriam dúvidas em aprovar um decreto-lei que consagrasse a diminuição dos salários dos professores
Cavaco
Soares
Alegre
Jerónimo
Louçã
Garcia
....poderás ainda continuar este exercício, escolhendo para isso outros exemplos concretos.
Agora é só contar as cruzes de cada um.
1. Não exerceriam o seu direito de veto relativamente ao decreto sobre os consursos plurianuais:
Cavaco
Soares
Alegre
Jerónimo
Louçã
Garcia
2. Não questionariam o governo dobre o congelamento das progresões na carreira, aceitando tal situação como política necessária:
Cavaco
Soares
Alegre
Jerónimo
Louçã
Garcia
3. Não teriam qualquer objecção à transformação dos conteúdos funcionais da carreira docente, permitindo sem objecções que os professores se transformem em animadores.
Cavaco
Soares
Alegre
Jerónimo
Louçã
Garcia
4. Não questionariam o governo sobre a necessidade de mais tempo de preparação de aulas para os professores
Cavaco
Soares
Alegre
Jerónimo
Louçã
Garcia
5. Não teriam dúvidas em aprovar um decreto-lei que consagrasse a diminuição dos salários dos professores
Cavaco
Soares
Alegre
Jerónimo
Louçã
Garcia
....poderás ainda continuar este exercício, escolhendo para isso outros exemplos concretos.
Agora é só contar as cruzes de cada um.
VOTA NUM DAQUELES QUE NÃO OBTIVERAM NENHUMA CRUZ OU OBTIVERAM MENOS CRUZES!
VOTA NO PRESIDENTE CERTO, NAQUELE QUE TE GARANTA MELHOR A DEFESA DOS TEUS DIREITOS!!!!
Na senda de Goebbels!
Seguindo o exemplo dos melhores mestres da desinformação, o ministério da educação acabou de criar um site especialmente dedicado aos professores.
Nele se divulgam as iniciativas legislativas de sua Excelência a Maria de Lurdes, naturalmente na perspectiva da tutela.
Ali se pretende fazer crer o que há de bom naquilo que é mau; o lado positivo daquilo que o não tem.
É um site de pura propaganda governamental, que é, porém, útil para mostrar o nível a que o nosso sistema democrático está a chegar.
Afinal não foi só Pedro Santana Lopes a pensar na Central de Informação do governo....
Claro está que não irei aqui divulgar o dito site....
HEIL MILU!
HEIL SÓCRATES!
Sim, às escutas telefónicas!
Que se crie a lei.
Que se execute de imediato.
Que o Ministério Público inicie desde já uma escuta telefónica generalizada a todos os professores deste país.
E que se publiquem as escutas.
E que se divulguem! E que se gritem!
Até que doam os ouvidos
a quem faz de conta que é surdo!!!
Que se execute de imediato.
Que o Ministério Público inicie desde já uma escuta telefónica generalizada a todos os professores deste país.
E que se publiquem as escutas.
E que se divulguem! E que se gritem!
Até que doam os ouvidos
a quem faz de conta que é surdo!!!
sábado, janeiro 14, 2006
quinta-feira, janeiro 12, 2006
Política e educação
O Presidente da República atribuiu ontem a Grã-Cruz da Ordem do Infante Dom Henrique a Manuel dos Santos Fonseca
Manuel dos Santos Fonseca foi ontem agraciado com a Grã-Cruz da ordem do Infante Dom Henrique em cerimónia efectuada no Palácio de Belém em que estiveram também presentes o Primeiro Ministro e o Presidente da Assembleia da República.
Esta condecoração fica a dever-se, segundo as palavras de sua Exª o Sr Presidente da Republica, ao mérito profissional e dedicação ao trabalho demonstrados pelos Sr Manuel dos Santos ao longo dos seus 40 anos de trabalho como operário duma fábrica de calçado na região da Póvoa do Varzim.
Com a sua dedicação à empresa, o Sr Manuel contribuiu decididamente para os lucros e sucesso da empresa onde trabalha. Ao mesmo tempo, Jorge Sampaio referiu também a exemplar postura de Manuel dos Santos enquanto Pai e responsável pelo sucesso pessoal e escolar dos seus dois filhos que se dedicam presentemente e também com grande dedicação e competência à profissão de electricista.
A cerimónia terminou com um almoço oferecido pelo próprio Presidente da Republica a todos os convidados à cerimónia oficial.
Nota da redacção: claro que este texto é pura ficção! Quem foi agraciado pelo sr Presidente foi Belmiro de Azevedo.
Um Presidente da Republica que se preza de o ser jamais iria agraciar um merdas dum sapateiro....
quarta-feira, janeiro 11, 2006
Frágil
Um poema dum dos meus autores preferidos que traduz, talvez uma sensação da classe docente face a uma equipa governativa autista e prepotente.
Frágil (I)
Põe-me o braço no ombro
Eu preciso de alguém
Dou-me com toda a gente
Não me dou a ninguém
Frágil
Sinto-me frágil
Faz-me um sinal qualquer
Se me vires falar demais
Eu às vezes embarco
Em conversas banais
Frágil
Sinto-me frágil
Frágil
Esta noite estou tão frágil
Frágil
Já nem consigo ser ágil
Está a saber-me mal
Este Whisky de malte
Adorava estar "in"
Mas estou-me a sentir "out"
Frágil
Sinto-me frágil
Acompanha-me a casa
Já não aguento mais
Deposita na cama
Os meus restos mortais
Frágil
Sinto-me frágil
terça-feira, janeiro 10, 2006
Correcção e aditamento
Corrigi o link para o blog "outroolhar", que não estava a correcto.
Adicionei um link para um novo blog (precessão) do colega Paulo.
Adicionei um link para um novo blog (precessão) do colega Paulo.
segunda-feira, janeiro 09, 2006
Incompetência despudorada!
Notícia transcrita do Correio da manhã de hoje:
"O Governo publicou um despacho que prevê a criação de “percursos alternativos” para combater o insucesso escolar, mas a estruturação das alterações está na mão dos estabelecimentos de ensino.Na prática, os alunos até aos 15 anos com duas ou mais reprovações passarão a integrar turmas especiais. Para melhor aprendizagem, a teoria nas aulas é reduzida, com privilégio para o lado prático dos conteúdos. Um exemplo? Menos teoria das plantas, mais jardinagem.Há disciplinas que vão ser readaptadas, as teóricas sofrem cortes e surgem novas propostas para completar o leque de oferta curricular. “O limite é o desaparecimento total de uma disciplina, mas apenas em situações excepcionais”, assegura o secretário de Estado. (Valter Lemos)
Fechados nas 4 paredes dos seus gabinetes, estes senhores vão pensando, pensando....e de repente, faz-se-lhes luz: gritam "eureka" e assim nasce uma nova orientação para a política educativa em Portugal!
Considerando-se iluminados pela boa estrela de Sócrates (o José), nem se questionam sobre a eventual vantagem de discutir com outros as suas (suas?) ideias.
NÃO! SE ELES TANTO PENSARAM E DESCOBRIRAM ENTÃO É DOGMA EDUCATIVO. FAÇA-SE DE IMEDIATO O DESPACHO PARA APLICAÇÃO RÁPIDA DA IDEIA.
Assim pensam mostrar a sua eficácia a sua capacidade de decidir.
E que brilhante ideia foi agora produzida?
Bem, nada mais nada menos do que o "repescar" dos velhos "currículos alternativos, mas....com diferenças substantivas importantes.
A 1ª - o objectivo.
Nunca ninguém em tempo certo afirmou serem objectivos da instituição das turmas de currículos alternativos o combate ao insucesso escolar, mas antes o combate à exclusão escolar - o que é completamente diferente!
Vir afirmar-se agora, como faz o senhor Valter, que este percursos alternativos visam combater o insucesso escolar, é pura desonestidade intelectual : não se aumentam as aprendizagens sobre fotossíntese por muito se fazer jardinagem.....portanto o insucesso e a iliteracia estão lá à mesma, não se alteram um milímetro!
O que se poderá eventualmente alterar é, isso sim, a exclusão escolar e não o insucesso escolar!
A 2ª - a visão holística do currículo.
Amedrontadamente o senhor Valter, apenas prevê, no máximo, o deasaparecomento total duma disciplina.... para quem quer com esta medida promover o combate à exclusão escolar, esta minimalista alteração do currículo não é insuficiente.....é simplesmente ridícula!
Em conclusão: não percebendo realmente o verdadeiro sentido da adopção anterior da prática dos currículos alternativos, o senhor Valter vem agora propôr uma medida que "não é carne nem é peixe" e só serve para mais uma vez pôr a nu a incompetência despudorada da equipa governativa chefiada (?) por Maria de Lurdes Rodrigues.
Falta ainda saber, porém se suas excelências também acham que compete aos professores de biologia fazer a tal jardinagem ou se prevêem contratar jardineiros para tal efeito....é que, na verdade, os professores provavelmente até nem percebem nada de jardinagem!
Ou talvez o senhor Valter ou a D. Lurdes vão às escolas "fazer umas graças" e ensinar um pouco de jardinagem aos professores....
"O Governo publicou um despacho que prevê a criação de “percursos alternativos” para combater o insucesso escolar, mas a estruturação das alterações está na mão dos estabelecimentos de ensino.Na prática, os alunos até aos 15 anos com duas ou mais reprovações passarão a integrar turmas especiais. Para melhor aprendizagem, a teoria nas aulas é reduzida, com privilégio para o lado prático dos conteúdos. Um exemplo? Menos teoria das plantas, mais jardinagem.Há disciplinas que vão ser readaptadas, as teóricas sofrem cortes e surgem novas propostas para completar o leque de oferta curricular. “O limite é o desaparecimento total de uma disciplina, mas apenas em situações excepcionais”, assegura o secretário de Estado. (Valter Lemos)
Fechados nas 4 paredes dos seus gabinetes, estes senhores vão pensando, pensando....e de repente, faz-se-lhes luz: gritam "eureka" e assim nasce uma nova orientação para a política educativa em Portugal!
Considerando-se iluminados pela boa estrela de Sócrates (o José), nem se questionam sobre a eventual vantagem de discutir com outros as suas (suas?) ideias.
NÃO! SE ELES TANTO PENSARAM E DESCOBRIRAM ENTÃO É DOGMA EDUCATIVO. FAÇA-SE DE IMEDIATO O DESPACHO PARA APLICAÇÃO RÁPIDA DA IDEIA.
Assim pensam mostrar a sua eficácia a sua capacidade de decidir.
E que brilhante ideia foi agora produzida?
Bem, nada mais nada menos do que o "repescar" dos velhos "currículos alternativos, mas....com diferenças substantivas importantes.
A 1ª - o objectivo.
Nunca ninguém em tempo certo afirmou serem objectivos da instituição das turmas de currículos alternativos o combate ao insucesso escolar, mas antes o combate à exclusão escolar - o que é completamente diferente!
Vir afirmar-se agora, como faz o senhor Valter, que este percursos alternativos visam combater o insucesso escolar, é pura desonestidade intelectual : não se aumentam as aprendizagens sobre fotossíntese por muito se fazer jardinagem.....portanto o insucesso e a iliteracia estão lá à mesma, não se alteram um milímetro!
O que se poderá eventualmente alterar é, isso sim, a exclusão escolar e não o insucesso escolar!
A 2ª - a visão holística do currículo.
Amedrontadamente o senhor Valter, apenas prevê, no máximo, o deasaparecomento total duma disciplina.... para quem quer com esta medida promover o combate à exclusão escolar, esta minimalista alteração do currículo não é insuficiente.....é simplesmente ridícula!
Em conclusão: não percebendo realmente o verdadeiro sentido da adopção anterior da prática dos currículos alternativos, o senhor Valter vem agora propôr uma medida que "não é carne nem é peixe" e só serve para mais uma vez pôr a nu a incompetência despudorada da equipa governativa chefiada (?) por Maria de Lurdes Rodrigues.
Falta ainda saber, porém se suas excelências também acham que compete aos professores de biologia fazer a tal jardinagem ou se prevêem contratar jardineiros para tal efeito....é que, na verdade, os professores provavelmente até nem percebem nada de jardinagem!
Ou talvez o senhor Valter ou a D. Lurdes vão às escolas "fazer umas graças" e ensinar um pouco de jardinagem aos professores....
domingo, janeiro 08, 2006
quarta-feira, janeiro 04, 2006
O Balanço
Ano Novo, é sempre tempo de balanço do “ano velho” e sendo assim, “balanceemos”, então um pouco.
Comecemos por apontar as marcas que mais fundamentalmente constituem barreiras ao sucesso escolar para depois tentarmos ver quais foram as medidas actuantes tomadas no concreto relativamente a essas mesmas marcas e assim nos ser possível, no final, fazer um balanço e um juízo de valor.
1º Indisciplina nas aulas e na escola
Qualquer professor com um mínimo de experiência lectiva referirá ser esta uma das marcas do nosso sistema educativo, que mais contribui para o insucesso escolar.
É óbvio que um aluno indisciplinado e desatento, não aprende.
Não é talvez, porém tão óbvio para quem não trabalha no sector, perceber que este tal aluno provoca sempre uma diminuição sensível no rendimento escolar do conjunto dos alunos da turma a que pertence.
Será mais fácil entender isto se se pensar que cada vez que o professor tem de se dirigir ao aluno, durante uma aula, para tentar conseguir alterar o seu comportamento, deixa, enquanto o faz, de poder continuar a acompanhar o trabalho dos restantes.
Se numa turma em vez de um caso de aluno de comportamento inadequado tivermos dois, ou três ou quatro…por vezes são muito mais até, é lógico que daqui resulta uma perturbação muito grande no processo de ensino-aprendizagem da turma toda, resultando daí uma não obtenção das metas previstas para a aprendizagem do conjunto dos alunos da turma.
Quais foram, então, as medidas tomadas pela equipa de Maria de Lurdes Rodrigues, que tanto se afirma preocupada com os níveis de insucesso escolar, relativamente a esta marca?
Não conheço nenhuma medida que tenha sido tomada.
2º Co-responsabilização dos Encarregados de Educação pelo processo educativo dos seus educandos.
Mais uma vez, qualquer professor com um mínimo de experiência lectiva referirá ser esta uma das outras marcas do nosso sistema educativo mais significativas e que se caracteriza na grande maioria das situações, por um completo alheamento dos Encarregados de Educação no que respeita ao dia-a-dia escolar dos seus educandos, isto mesmo quando em alguns casos (e muitos nem isso) se preocupam ao ter conhecimento dos seus resultados escolares.
Fazendo uma comparação, seria como se estando o filho doente e tendo-o levado ao médico, pensassem que depois todo o acompanhamento do processo terapêutico pertencesse ao médico, alheando-se os pais de fazerem a criança cumprir as medicações receitadas e os tratamentos prescritos.
Esta situação tem obviamente, nalguns casos, razões de que se prendem com a indisponibilidade dos Encarregados de Educação, que por falta de tempo, encontram grandes dificuldades em acompanhar o processo educativo dos seus educandos mas nem sequer essa é a situação, em grande parte dos casos em que a disponibilidade até objectivamente existe, a vontade é que não.
É uma verdadeira cultura de desresponsabilização dos deveres funcionais paternais que não se altera fazendo-se crer que uma qualquer sala de estudo ou um qualquer estudo acompanhado é capaz de substituir o acompanhamento familiar da educação das crianças.
Quais foram, então, as medidas tomadas pela equipa de Maria de Lurdes Rodrigues, que tanto se afirma preocupada com os níveis de insucesso escolar, relativamente a esta marca?
Não conheço nenhuma medida que tenha sido tomada.
3º Excesso de carga horária lectiva dos alunos do 2º e 3º ciclos e excesso de professores na mudança do 1º para o 2º ciclo.
Esta é uma marca já por demais conhecida pelo que não vale a pena adiantar muito mais sobre ela e que procurou alterar-se no tempo do ministro Roberto Carneiro.
De então para cá, nomeadamente com a restruturação do funcionamento dos Conselhos Pedagógicos das escolas, o número de professores diferentes que cada aluno encontra ao chegar ao 2º ciclo voltou a ser igual ao que era antes, em muitos casos maior até.
A carga lectiva, adicionada agora pelas áreas não disciplinares, pela formação cívica, ofertas da escola e o mais que adiante se verá, é cada vez maior, roubando tempo individual de trabalho a cada um, que ao chegar a casa cada vez está mais cansado de escola e com menos vontade para se dedicar a estudo individual.
Quais foram, então, as medidas tomadas pela equipa de Maria de Lurdes Rodrigues, que tanto se afirma preocupada com os níveis de insucesso escolar, relativamente a esta marca?
Não conheço nenhuma medida que tenha sido tomada….ou talvez antes pelo contrário!
4º Apoio especial a dificuldades de aprendizagem
Todos sabemos que alguns alunos têm ritmos mais lentos de aprendizagem sem que isso signifique propriamente uma situação que possamos designar por deficiência.
Não estando estes alunos abrangidos pela legislação do ensino especial, necessitam porém, em muitos casos de atenção particular e em muitos casos também, de aulas de apoio pedagógico acrescido ou qualquer coisa parecida com isso.
Obviamente que tal implica a existência nas escolas de um maior número de professores que possam desejavelmente dedicar-se em exclusivo a este tipo de situações.
Isto não tem absolutamente nada que ver com a elaboração de planos em papel, que se traduzem em nada de concreto, a não ser na burocratização de um sistema já de si bastante burocratizado.
Quais foram, então, as medidas tomadas pela equipa de Maria de Lurdes Rodrigues, que tanto se afirma preocupada com os níveis de insucesso escolar, relativamente a esta marca?
As medidas tomadas consistem em mandar elaborar escritos denominados pomposamente planos de isto e daquilo, que não alteram rigorosamente em nada a prática do que se fazia até aqui.
Com, no entanto, a enorme preocupação de divulgar esta nada legislativo, nos mais diversos órgãos de comunicação social para gáudio de quem está por fora da matéria.
5º Apetrechamento didáctico das escolas
Com algumas excepções pontuais, continua ser o velho quadro negro o principal instrumento didáctico das nossas práticas de ensino.
Relativamente a esta marca, podemos bem dizer que estamos praticamente ao nível do 3º mundo, ultrapassados de longe pelos novos países de leste que chegam agora à união europeia.
Quais foram, então, as medidas tomadas pela equipa de Maria de Lurdes Rodrigues, que tanto se afirma preocupada com os níveis de insucesso escolar, relativamente a esta marca?
Talvez a criação dos tais “gabinetes de tabopan” para trabalho individual dos professores….
As marcas referidas são indiscutivelmente aquelas que fazem com que o nosso sistema educativo tenha um nível de insucesso elevado. Deixei de lado outras que poderiam ser aqui também registadas mas cuja influência no dito insucesso é, seguramente, bem mais discutível.
Como compreender, então, que uma equipa governativa que não dá um passo no que respeita a nenhuma destas 5 grandes marcas, consiga, tocando e legislando em questões perfeitamente acessórias causar uma tão grande perturbação no funcionamento do sistema educativo?
Talvez a contradição seja apenas uma aparência: na verdade esta equipa governativa tem enorme necessidade de agitar o sistema, fazer ondas, criar entropia, para ocultar um facto muito simples mas extremamente grave – a sua real incapacidade em fazer seja o que for para resolver as marcas referidas e que são as que realmente constituem as grandes questões do sistema educativo português.
Toda a instabilidade criada no sistema tem afinal, um objectivo único: criar na opinião pública a ideia de que se está a fazer muito, quando não se está na realidade a fazer nada….
Nada…a não ser desmotivar ainda mais Professores, Alunos e Encarregados de Educação.
Este é pois, o balanço objectivo do “ano velho”
Resultado duma política populista no seu estado mais puro.
Comecemos por apontar as marcas que mais fundamentalmente constituem barreiras ao sucesso escolar para depois tentarmos ver quais foram as medidas actuantes tomadas no concreto relativamente a essas mesmas marcas e assim nos ser possível, no final, fazer um balanço e um juízo de valor.
1º Indisciplina nas aulas e na escola
Qualquer professor com um mínimo de experiência lectiva referirá ser esta uma das marcas do nosso sistema educativo, que mais contribui para o insucesso escolar.
É óbvio que um aluno indisciplinado e desatento, não aprende.
Não é talvez, porém tão óbvio para quem não trabalha no sector, perceber que este tal aluno provoca sempre uma diminuição sensível no rendimento escolar do conjunto dos alunos da turma a que pertence.
Será mais fácil entender isto se se pensar que cada vez que o professor tem de se dirigir ao aluno, durante uma aula, para tentar conseguir alterar o seu comportamento, deixa, enquanto o faz, de poder continuar a acompanhar o trabalho dos restantes.
Se numa turma em vez de um caso de aluno de comportamento inadequado tivermos dois, ou três ou quatro…por vezes são muito mais até, é lógico que daqui resulta uma perturbação muito grande no processo de ensino-aprendizagem da turma toda, resultando daí uma não obtenção das metas previstas para a aprendizagem do conjunto dos alunos da turma.
Quais foram, então, as medidas tomadas pela equipa de Maria de Lurdes Rodrigues, que tanto se afirma preocupada com os níveis de insucesso escolar, relativamente a esta marca?
Não conheço nenhuma medida que tenha sido tomada.
2º Co-responsabilização dos Encarregados de Educação pelo processo educativo dos seus educandos.
Mais uma vez, qualquer professor com um mínimo de experiência lectiva referirá ser esta uma das outras marcas do nosso sistema educativo mais significativas e que se caracteriza na grande maioria das situações, por um completo alheamento dos Encarregados de Educação no que respeita ao dia-a-dia escolar dos seus educandos, isto mesmo quando em alguns casos (e muitos nem isso) se preocupam ao ter conhecimento dos seus resultados escolares.
Fazendo uma comparação, seria como se estando o filho doente e tendo-o levado ao médico, pensassem que depois todo o acompanhamento do processo terapêutico pertencesse ao médico, alheando-se os pais de fazerem a criança cumprir as medicações receitadas e os tratamentos prescritos.
Esta situação tem obviamente, nalguns casos, razões de que se prendem com a indisponibilidade dos Encarregados de Educação, que por falta de tempo, encontram grandes dificuldades em acompanhar o processo educativo dos seus educandos mas nem sequer essa é a situação, em grande parte dos casos em que a disponibilidade até objectivamente existe, a vontade é que não.
É uma verdadeira cultura de desresponsabilização dos deveres funcionais paternais que não se altera fazendo-se crer que uma qualquer sala de estudo ou um qualquer estudo acompanhado é capaz de substituir o acompanhamento familiar da educação das crianças.
Quais foram, então, as medidas tomadas pela equipa de Maria de Lurdes Rodrigues, que tanto se afirma preocupada com os níveis de insucesso escolar, relativamente a esta marca?
Não conheço nenhuma medida que tenha sido tomada.
3º Excesso de carga horária lectiva dos alunos do 2º e 3º ciclos e excesso de professores na mudança do 1º para o 2º ciclo.
Esta é uma marca já por demais conhecida pelo que não vale a pena adiantar muito mais sobre ela e que procurou alterar-se no tempo do ministro Roberto Carneiro.
De então para cá, nomeadamente com a restruturação do funcionamento dos Conselhos Pedagógicos das escolas, o número de professores diferentes que cada aluno encontra ao chegar ao 2º ciclo voltou a ser igual ao que era antes, em muitos casos maior até.
A carga lectiva, adicionada agora pelas áreas não disciplinares, pela formação cívica, ofertas da escola e o mais que adiante se verá, é cada vez maior, roubando tempo individual de trabalho a cada um, que ao chegar a casa cada vez está mais cansado de escola e com menos vontade para se dedicar a estudo individual.
Quais foram, então, as medidas tomadas pela equipa de Maria de Lurdes Rodrigues, que tanto se afirma preocupada com os níveis de insucesso escolar, relativamente a esta marca?
Não conheço nenhuma medida que tenha sido tomada….ou talvez antes pelo contrário!
4º Apoio especial a dificuldades de aprendizagem
Todos sabemos que alguns alunos têm ritmos mais lentos de aprendizagem sem que isso signifique propriamente uma situação que possamos designar por deficiência.
Não estando estes alunos abrangidos pela legislação do ensino especial, necessitam porém, em muitos casos de atenção particular e em muitos casos também, de aulas de apoio pedagógico acrescido ou qualquer coisa parecida com isso.
Obviamente que tal implica a existência nas escolas de um maior número de professores que possam desejavelmente dedicar-se em exclusivo a este tipo de situações.
Isto não tem absolutamente nada que ver com a elaboração de planos em papel, que se traduzem em nada de concreto, a não ser na burocratização de um sistema já de si bastante burocratizado.
Quais foram, então, as medidas tomadas pela equipa de Maria de Lurdes Rodrigues, que tanto se afirma preocupada com os níveis de insucesso escolar, relativamente a esta marca?
As medidas tomadas consistem em mandar elaborar escritos denominados pomposamente planos de isto e daquilo, que não alteram rigorosamente em nada a prática do que se fazia até aqui.
Com, no entanto, a enorme preocupação de divulgar esta nada legislativo, nos mais diversos órgãos de comunicação social para gáudio de quem está por fora da matéria.
5º Apetrechamento didáctico das escolas
Com algumas excepções pontuais, continua ser o velho quadro negro o principal instrumento didáctico das nossas práticas de ensino.
Relativamente a esta marca, podemos bem dizer que estamos praticamente ao nível do 3º mundo, ultrapassados de longe pelos novos países de leste que chegam agora à união europeia.
Quais foram, então, as medidas tomadas pela equipa de Maria de Lurdes Rodrigues, que tanto se afirma preocupada com os níveis de insucesso escolar, relativamente a esta marca?
Talvez a criação dos tais “gabinetes de tabopan” para trabalho individual dos professores….
As marcas referidas são indiscutivelmente aquelas que fazem com que o nosso sistema educativo tenha um nível de insucesso elevado. Deixei de lado outras que poderiam ser aqui também registadas mas cuja influência no dito insucesso é, seguramente, bem mais discutível.
Como compreender, então, que uma equipa governativa que não dá um passo no que respeita a nenhuma destas 5 grandes marcas, consiga, tocando e legislando em questões perfeitamente acessórias causar uma tão grande perturbação no funcionamento do sistema educativo?
Talvez a contradição seja apenas uma aparência: na verdade esta equipa governativa tem enorme necessidade de agitar o sistema, fazer ondas, criar entropia, para ocultar um facto muito simples mas extremamente grave – a sua real incapacidade em fazer seja o que for para resolver as marcas referidas e que são as que realmente constituem as grandes questões do sistema educativo português.
Toda a instabilidade criada no sistema tem afinal, um objectivo único: criar na opinião pública a ideia de que se está a fazer muito, quando não se está na realidade a fazer nada….
Nada…a não ser desmotivar ainda mais Professores, Alunos e Encarregados de Educação.
Este é pois, o balanço objectivo do “ano velho”
Resultado duma política populista no seu estado mais puro.
terça-feira, janeiro 03, 2006
O acordo
Estão de parabéns os dirigentes da FNE!
Quem não sentiu já os benefícios do tão célebre acordo negocial entre aquela organização e a tutela?
Melhoraram os horários, melhoraram as condições de trabalho nas escolas, melhorou, até o sucesso escolar.
Para quem tinha dúvidas sobre o importante papel da FNE na luta dos professores, vê agora todas as suas dúvidas ficarem esclarecidas ao sentir, na prática, os grandes benefícios em prol dos professores e da carreira docente conseguidos por tal organização.
Em frente, fura-greve! Os professsores estão e estarão sempre do vosso o vosso lado!!!!
Quem não sentiu já os benefícios do tão célebre acordo negocial entre aquela organização e a tutela?
Melhoraram os horários, melhoraram as condições de trabalho nas escolas, melhorou, até o sucesso escolar.
Para quem tinha dúvidas sobre o importante papel da FNE na luta dos professores, vê agora todas as suas dúvidas ficarem esclarecidas ao sentir, na prática, os grandes benefícios em prol dos professores e da carreira docente conseguidos por tal organização.
Em frente, fura-greve! Os professsores estão e estarão sempre do vosso o vosso lado!!!!
Subscrever:
Mensagens (Atom)