terça-feira, maio 30, 2006

segunda-feira, maio 29, 2006

Pais a avaliarem os professores?

Acho bem. Acho mesmo muito bem.
Parece mesmo a única medida consequente da ministra para finalmente conseguir melhorar o sucesso escolar das nossas escolas!
Claro que os alunos vão passar a "saber" muito mais, ora não.... Com os pais a avaliarem os professores, qual é o professor que vai querer reprovar os filhos daqueles que decidem a sua progressão na carreira?????
Brilhante, Srª Ministra.
Vª Exª está de parabéns!

Nova Democracia tipo PS

A autonomia dos quadros intermédios de gestão, valoriza-se democraticamente da seguinte forma:
-contribuis activamente para implementar a política decidida pelo Sr. Ministro, tens um bónus remuneratório
-contestas tal ou tal aspecto de referida política e não o implementas, perdes o bónus.

E assim irá acontecer no caso dos Conselhos Executivos das escolas: se são subservientes e fazem o que a ministra manda, terão mais uns cobrezitos no final do mês...caso contrário...népias!

E ainda há quem se iluda e acredite que Conselhos Executivos eleitos são garantia de gestão democrática nas escolas????!!!!

Resultados duma política

O artigo que se transcreve, publicado no Jornal de Notícias, reflecte o resultado sociológico duima política errada, e criminosa de Maria de Lurdes Rodrigues.

Manuel Ribeiro, não sabe o que diz nem sabe sobre o que escreve. Mas isso importa? Num país em que é ministra da educação uma senhora que do tema também pouco conhece, porque não reconhecer ao Sr Ribeiro o seu direito de opinião?

É fácil fazer-se "figura" hoje, em Portugal. Basta escolher-se alguém ou alguma classe, para "bode expiatório" ; junta-se uma dose suficiente de ignorância, outra de estupidez e de populismo q.b., e assim se faz figura, neste país que progressivamente desrespeita aqueles que mais deveria respeitar.
Mas...palavras para quê?

É um economista português!


AS NOSSAS QUERIDAS PROFESSORASNão posso deixar de vir aqui publicamente expressar a minha profunda indignação pelo ataque que está a ser infligido às nossas queridas professoras, no sentido de as obrigar a cumprir o horário de trabalho.Trata-se de enorme violência para as próprias, para os alunos, suas famílias e população em geral. Sim, porque não são só as professoras que sofrem com esta despudorada medida, que lhes coarcta o legítimo direito a dar umas voltinhas pelo shopping para espairecer de terem de aturar a cambada de energúmenos que se sentam nas carteiras das salas de aula e lhes limitam fortemente a possibilidade de desenvolver acções de formação permanente mediante o visionamento na televisão de vários programas instrutivos e outros que espelham bem o sentir da sociedade em que nos inserimos, como é o caso das telenovelas e dos concursos onde os docentes iam actualizando os seus conhecimentos.Aos alunos a medida também não agrada, já que o grau de irritação dos professores tende a aumentar exponencialmente, diminuindo o nível de tolerância às graçolas e aumentando a repressão que sobre eles se abate. A população em geral tem também vindo a sofrer as consequências, já que não há família em Portugal que não tenha no seu seio uma prima ou uma tia pertencente à prestimosa classe docente que lhes seringa constantemente os ouvidos com a injustiça que sobre eles recaiu. Toda a gente sabe que a grande motivação para passar uma vida a aturar miúdos malcriados era a possibilidade de ter umas férias decentes e de não gastar mais do que meio dia nas aulas ficando com o resto do tempo por conta. Se querem agora obrigar os desgraçados a picar o ponto de sol a sol lá se vai o interesse da função. Uma das grandes preocupações das professoras em relação a este novo regime que as obriga a ficarem na escola para além das aulas é não saberem muito bem como é que poderão ocupar aquelas horas, já que, como é óbvio, ninguém está interessado em usá-las a trabalhar, quanto mais não seja por pirraça e para chatear o ministério. Para minorar a sua dor, posso dar aqui algumas sugestões para o melhor uso do tempo disponível. A actividade mais apropriada é a de curtirem com outros professores do sexo oposto, que também andam por ali sem saber o que fazer. As escolas são em geral pródigas em recantos escuros e salas vazias que propiciam o desenvolvimento da prática. O único óbice resulta do reduzido número de homens, pelo que a coisa só pode ser feita em regime rotativo ou fica reservada só para as mais dotadas, com exclusão dos camafeus e das que esgotaram o prazo de validade. Uma outra actividade a que se podem dedicar é ao jogo da lerpa. Para além de ser de fácil aprendizagem, propícia um grau de excitação próximo da sugestão anterior com a vantagem de o sexo dos jogadores ser irrelevante. Para os que não são capazes de uma coisa nem de outra posso alvitrar umas sessões de espiritismo com uma roda de professoras efectivas à volta de uma mesa pé-de-galo, a estabelecerem comunicação com almas penadas vindas do além.Manuel Ribeiro, Economistain Notícias Magazine (JN, edição impressa de domingo, 23 de Abril de 2006)