segunda-feira, dezembro 19, 2005

Faltas a aulas de 90 minutos

Levou tempo até que esta equipa ministerial percebesse o disparate de fazer marcar 2 tempos de faltas a um professor que só faltou um tempo.

Mas...se percebeu o disparate, não percebeu a ilegalidade da situação.

E... para corrigir o disparate faz outros disparates que a seguir se transcrevem, copiados do texto do ofício-circular nº 67 de 19 de Dezembro:

"d. Reafirmando a unidade da aula que justifcou a opção tomada, considera-se agora que cabe a cada conselho executivo caracterizar essas situações podendo este orgão, em casos que cponsidere atendíveis, proceder à masrcação de falta apenas a um tempo.
e. O procedimento identificado anteriormente não se poderá aplicar aos casos em que o docente inicia a aula e a dá por finda antes de concluifods os devidos 90 minutos de aula."

Do ponto d, podemos pois concluir que o ministério pretende alargar o poder discricionário e não dependente de legislação aos Conselhos Executivos, que desta forma, decidem a seu belo critério quando podem aceitar a marcação de falta a um tempo ou não aceitar e proceder à marcação de falta a dois tempos quando o professor só faltou a um.

Trata-se, pois, de mais um passo importante no sentido da institucionalização da "República das bananas"

Do ponto e, podemos concluir que as aulas têm partes mais importantes do que outras partes, e assim a 2ª parte duma aula é sempre mais valiosa do que a primeira parte da mesma.

Porquê?
Vá se lá saber porquê.... Mas que interessa isso?

É um artista português da inducação:
o Valter Lemos

sexta-feira, dezembro 16, 2005

Carta a Sócrates, do professor Santana Castilho

Carta aberta ao PM José Sócrates
Santana Castilho*
Esta é a terceira carta que lhe dirijo. As duas primeiras, motivadas por um convite queformulou mas não honrou, ficaram descortesmente sem resposta. A forma escolhida para a presente é obviamente retórica e assenta num direito que o Senhor ainda não eliminou: o de manifestar publicamente indignação perante a mentira e as opções injustas e erradas da governação.Por acção e omissão, o Senhor deu uma boa achega à ideia, que ultimamente ganhou forma na sociedade portuguesa, segundo a qual os funcionários públicos seriam os responsáveis primeiros pelo descalabro das contas do Estado e pelos malefícios da nossa economia. Sendo a administração pública a própria imagem do Estado junto do cidadão comum, é quase masoquista o seu comportamento. Desminta, se puder, o que passo a afirmar:1. Do Statistics in Focus n.º 41/2004, produzido pelo departamento oficial de estatísticas da União Europeia, retira-se que a despesa portuguesa com os salários e benefícios sociais dos funcionários públicos é inferior à mesma despesa média dos restantes países da Zona Euro.2. Outra publicação da Comissão Europeia, L"Emploi en Europe 2003, permite comparar a percentagem dos empregados do Estado em relação à totalidade dos empregados de cada país da Europa dos 12. E que vemos? Que em média, nessa Europa, 25,6 por cento dos empregados são empregados do Estado, enquanto em Portugal essa percentagem é de apenas 18 por cento. Ou seja, a mais baixa dos 12 países, com excepção da Espanha. As ricas Dinamarca e Suécia têm quase o dobro, respectivamente 32 e 32,6 por cento. Se fosse directa a relação entre o peso da administração pública e o défice, como estaria o défice destes dois países?3. Um dos slogans mais usados é o do peso das despesas de saúde. A insuspeita OCDE diz que na Europa dos 15 o gasto médio por habitante é de 1458 ?. Em Portugal esse gasto é… 758 ?. Todos os restantes países, com excepção da Grécia, gastam mais que nós. A França 2730 ?, a Áustria 2139, a Irlanda 1688, a Finlândia 1539, a Dinamarca 1799, etc. Com o anterior não pretendo dizer que a administração pública é um poço de virtudes. Não é. Presta serviços que não justificam o dinheiro que consome. Particularmente na saúde, na educação e na justiça. É um santuário de burocracia, de ineficiência e de ineficácia. Mas, infelizmente para o país, os mesmos paradigmas são transferíveis para o sector privado. Donde a questão não reside no maniqueísmo em que o Senhor e o seu ministro das Finanças caíram, lançando um perigoso anátema sobre o funcionalismo público. A questão reside em corrigir o que está mal, seja público, seja privado. A questão reside em fazer escolhas acertadas. O Senhor optou pelas piores.De entre muitas razões que o espaço não permite, deixe-me que lhe aponte duas:1. Sobre o sistema de reformas dos funcionários públicos têm-se dito barbaridades. Como é sabido, a taxa social sobre os salários cifra-se em 34,75 por cento (11 por cento pagos pelo trabalhador, 23,75 por cento pagos pelo patrão). Os funcionários públicos pagam os seus 11 por cento. Mas o seu patrão Estado não entrega mensalmente à Caixa Geral de Aposentações, como lhe competia e exige aos demais empregadores, os seus 23,75 por cento. E é assim que as "transferências" orçamentais assumem perante a opinião pública não esclarecida o odioso de serem formas de sugar os dinheiros públicos. Por outro lado, todos os funcionários públicos que entraram ao serviço em Setembro de 1993 já verão a sua reforma calculada segundo os critérios aplicados aos restantes portugueses. Estamos a falar de quase metade dos activos. E o sistema estabilizará nessa base em pouco mais de uma década.Mas o seu pior erro, Senhor Engenheiro, foi ter escolhido para artífice das iniquidades que subjazem à sua política o ministro Campos Cunha, que não teve pruridos políticos, morais ou éticos por acumular aos seus 7000 euros de salário os 8000 de uma reforma conseguida com seis anos de serviço. E com a agravante de a obscena decisão legal que a suporta ter origem numa proposta de um colégio de que o próprio fazia parte.2. Quando escolheu aumentar os impostos, viu o défice e ignorou a economia. Foi ao arrepio do que se passa na Europa. A Finlândia dos seu encantos baixou-os em quatro pontos percentuais, a Suécia em 3,3 e a Alemanha em 3,2. Porque não optou por cobrar os 3,2 mil milhões de euros que as empresas privadas devem à segurança social? Porque não pôs em prática um plano para fazer andar a execução das dívidas fiscais pendentes nos tribunais tributários e que somam 20.000 milhões de euros? Porque não actuou do lado dos benefícios fiscais, que em 2004 significaram 1000 milhões de euros? Porque não modificou o quadro legal que permite aos bancos, que duplicaram lucros em época recessiva, pagar apenas 13 por cento de impostos?Porque não revogou a famigerada Reserva Fiscal de Investimento e a iníqua lei que permitiu à PT Telecom não pagar impostos pelos prejuízos que teve… no Brasil, o que, por junto, representará cerca de 6500 milhões de euros de receita fiscal perdida? A verdade e a coragem foram atributos que Vossa Excelência invocou para se diferenciar dos seus opositores. Quando subiu os impostos, que perante milhões de portugueses garantiu que não subiria, ficámos todos esclarecidos sobre a sua verdade. Quando elegeu os desempregados, os reformados e os funcionários públicos como principais instrumentos de combate ao défice, percebemos de que teor é a sua coragem.* Professor do ensino superior

Um texto que vale a pena ler e divulgar

O que a ministra da Educação não percebe
23-11-2005
Ninguém de bom senso questiona a necessidade de ocupar de forma útil os alunos a quem faltam professores. Só os insanos rejeitariam como importante o objectivo de diminuir a frequência com que essas situações acontecem... Por Santana Castilho
1. No Liceu Nacional de Diogo Gouveia, em Beja, em 1953, sempre que um professor faltava, eu não podia sair da sala sem que o sr. Vieira ou o sr. Gil o permitissem. O sr. Vieira ou o sr. Gil, diligentes contínuos (assim se chamavam os "auxiliares educativos" de então), antes de darem a almejada ordem libertadora, certificavam-se, na sala de professores, se havia algum docente escalado, nesse momento, para dar a "aula de substituição". Era assim, há 52 anos, no recôndito Alentejo, num liceu de instalações magníficas, com condições de trabalho ímpares, médico escolar diário (o saudoso dr. Flávio dos Santos) e outros recursos que seriam ainda hoje considerados luxuosos, se cotejados com a penúria de tantas escolas do Portugal democrático. Saudosismo? Não! Memória, que falta a muitos dos que hoje falam como se fossem únicos e acabassem de descobrir a solução para endireitar o mundo. Ninguém de bom senso questiona a necessidade de ocupar de forma útil os alunos a quem faltam professores. Só os insanos rejeitariam como importante o objectivo de diminuir a frequência com que essas situações acontecem. Mas "aulas de substituição", para o serem, carecem de um docente da mesma área disciplinar, previamente avisado (e isso nem sempre é possível ) e conhecedor da fase didáctica em processo. Um professor de Português não poderá, naturalmente, substituir o colega de Matemática. As coisas não se passam como a ministra da Educação as imagina quando teve a infelicidade de, a propósito, interrogar: "Quantos professores de Português não gostariam de ir à escola de 1º ciclo ler poesia ou fazer umas graças?..."Quanto a actividades de recurso, para ocupar alunos, são outra coisa e até lá cabem palhaços que façam umas graças. Mas podem ser organizadas sem práticas escabrosas e imposições ridículas, que perturbam a vida das escolas e avacalham o exercício da docência. Foi disso que os professores reclamaram na greve de sexta-feira. Mas a ministra da Educação não percebeu.
2. No dia em que os professores fizeram greve, o Ministério da Educação tornou público o número de faltas dadas pelos docentes no ano lectivo passado. Foi uma iniciativa infeliz, eticamente reprovável. Porque visou denegrir junto da opinião pública, uma vez mais, a imagem dos professores. E, se dúvidas houvesse, lá estão declarações expressas da ministra: "Esta é a altura em que o país precisa de saber os factos..." Que factos? Segundo o Ministério da Educação, os professores terão faltado a cerca de 8 milhões de horas em cerca de 80 milhões possíveis, isto é, cerca de 10 por cento de faltas. Assim dito, tantos milhões esmagam. Assim apresentados, com a alusão à "altura em que o país precisa de saber os factos", fica escancarada a porta da demagogia e do populismo: malandros, a furtarem-se ao trabalho! Ajudemos então a perceber os "factos". Não se terão enganado nas contas? Há quem conte 150 milhões de aulas, o que reduz para metade a percentagem das faltas. Eu sei que cerca de 85 por cento dos professores são professoras. Quantas dessas faltas foram por parto? É que os meses de licença de parto, que certamente a ministra da Educação não quer abolir, têm um efeito demolidor nas conclusões estatísticas (se meio país comer um bife de lombo diariamente e o outro meio falir de inanição, os espertalhões da estatística poderão dizer que todos comem bife dia sim, dia não). Eu sei que metade do corpo docente está na última fase da carreira, envelhecida. Que impacte terá isso no absentismo? E o afastamento da residência? E são faltas ou são aulas não dadas, que é coisa diferente, por englobar razões não imputáveis aos professores? E se todas as faltas foram dadas ao abrigo de legislação feita por políticos, por que não censurá-los a eles e mudar o sistema?
Qualquer gestor de recursos humanos sensato e competente compreenderia que a questão era nada quanto a insinuar a malandrice dos colaboradores e tudo quanto a responder às duas questões cruciais: por que faltarão eles? Que deve ser feito para que faltem menos? Mas a ministra da Educação não percebe.
3. A ministra da Educação parece ter uma particular atracção pelo afrontamento gratuito e pela instalação da instabilidade no sistema. Resolveu mexer na política dos manuais escolares, politizando uma questão que era técnica. Ao mandar para a Assembleia da República o que até agora era tratado pelos governos, não percebeu que accionou irremediavelmente o "complicómetro". Ao instituir a censura prévia com a sua corte de sábios para dizer quem edita e quem não edita, não percebeu que pode estar a "franchisar" a corrupção. Ao desprezar arrogantemente os parceiros sociais, como é seu hábito, não percebeu que pode ter que editar sozinha os livros de que necessita. Ao sujeitar os preços a regime tabelado, não percebeu que o mundo se move em sentido inverso.
A ministra da Educação tem vários problemas, que a tornam cada dia menos desejável para o cargo. São todos eles problemas de percepção da realidade. Não sei se por ignorância intrínseca, se por obliteração socrática.
Santana Castilho - professor do Ensino Superior (Público , 22.11.2005)

quarta-feira, dezembro 14, 2005

ilusão de óptica

Papeis.
O nosso tempo feito de papeis.
Em montes.
Uns sobre os outros.
Escrevendo-se neles o que se sabe e também o que se inventa.
Frases que se repetem incesssantemente...."interesses divergentes....interesses divergentes".....blá...blá....
Depois verifica-se se no blá não faltou por acaso o "l" e ficou bá.... pois seria gravíssimo se tal acontecesse.
Corre-se para ver se está impresso: e se não está, reclama-se; e se está quase, reclama-se; e se há-de estar, reclama-se; e quando já está reclama-se por se ter tido de reclamar.
A seguir copia-se, duplica-se, fotocopia-se, e regista-se e arquiva-se e envia-se ou não se envia e ou se perde ou não se perde.
Que importa, talvez haja alguém que leia...

Depois as cartas que vão mas não chegam; os convites para quem deve vir, mas não vem.

Depois afixa-se, para que ninguém vá ver, porque já ninguém não sabe o que se afixou.

Por fim,
olhamos para as montanhas de papel e até julgamos que estivémos a trabalhar.

rotações - CLICA NA IMAGEM!

quarta-feira, dezembro 07, 2005

Texto de um colega professor de filosofia

Atestado médico
Imagine o meu caro que é professor, que é dia de exame do 12º ano e, vai ter de fazer uma vigilância. Continue a imaginar. O despertador avariou durante a noite. Ou fica preso no elevador. Ou o seu filho, já à porta do infantário, vomitou o quente, pastoso, húmido e fétido pequeno-almoço em cima da sua imaculada camisa. Teve, portanto, de faltar à vigilância. Tem falta. Ora esta coisa de um professor ficar com faltas injustificadas é complicada, por isso convém justificá-la. A questão agora é: como justificá-la? Passemos então à parte divertida.A única justificação para o facto de ficar preso no elevador, do despertador avariar ou de não poder ir para uma sala do exame com a camisa vomitada, abanbalhada e malcheirosa, é um atestado médico. Qualquer pessoa com um pouco de bom senso percebe que quem precisa aqui do atestado médico será o despertador ou o elevador. Mas não. Só uma doença poderá justificar a sua ausência na sala do exame. Vai ao médico. E, a partir deste momento, a situação deixa de ser divertida para passar a ser hilariante.Chega-se ao médico com o ar mais saudável deste mundo. Enfim, com o sorriso de Jorge Gabriel misturado com o ar rosado do Gabriel Alves e a felicidade do padre Melícias. A partir deste momento mágico, gera-se um fenómeno que só pode ser explicado através de noções básicas da psicopatologia da vida quotidiana. Os mesmos que explicam uma hipnose colectiva em Felgueiras, o holocausto nazi ou o sucesso da TVI.O professor sabe que não está doente. O médico sabe que ele não está doente. O Presidente do Executivo sabe que ele não está doente. O Director Regional sabe que ele não está doente. O Ministério da Educação sabe que ele não está doente. O próprio legislador, que manda a um professor que fica preso no elevador apresentar um atestado médico, também sabe que o professor não está doente.Ora, num país em que isto acontece, para além do despertador que não toca, do elevador parado e da camisa vomitada, é o próprio país que está doente. Um país assim, onde a mentira é legislada, só pode mesmo ser um país doente.Vamos lá ver, a mentira em si não é patológica. Até pode ser racional, útil e eficaz em certas ocasiões. O que já será patológico é o desejo que temos de sermos enganados ou a capacidade para fingirmos que a mentira é verdade.Lá nesse aspecto somos um bom exemplo do que dizia Goebbels: uma mentira várias vezes repetida transforma-se numa verdade.Já Aristóteles percebia uma coisa muito engraçada: quando vamos ao teatro, vamos com o desejo e uma predisposição para sermos enganados. Mas isso é normal.Sabemos bem, depois de termos chorado baba e ranho a ver o "ET", que este é um boneco e que temos de poupar a baba e o ranho para outras ocasiões.O problema é que em Portugal a ficção se confunde com a realidade. Portugal é ele próprio uma produção fictícia, provavelmente mesmo desde D.Afonso Henriques, que Deus me perdoe.
A começar pela política. Os nossos políticos são descaradamente mentirosos. Só que ninguém leva a mal porque já estamos habituados. Aliás, em Portugal é-se penalizado por falar verdade, mesmo que seja por boas razões, o que significa que em Portugal não há boas razões para falar verdade.Se eu, num ambiente formal, disser a uma pessoa que tem uma nódoa na camisa, ela irá levar a mal. Fica ofendida. Se eu digo isso é para a ajudar, para que possa disfarçar a nódoa e não fazer má figura. Mas ela fica zangada comigo só porque eu vi a nódoa, sabe que eu sei que tem a nódoa e porque assumi perante ela que sei que tem a nódoa e que sei que ela sabe que eu sei.Nós, portugueses, adoramos viver enganados, iludidos e achamos normal que assim seja. Por exemplo, lemos revistas sociais e ficamos derretidos (não falo do cérebro, mas de um plano emocional) ao vermos casais felicíssimos e com vidas de sonho. Pronto, sabemos que aquilo é tudo mentira, que muitos deles se divorciam ao fim de três meses e que outros vivem um alcoolismo disfarçado. Mas adoramos fingir que aquilo é tudo verdade. Somos pobres, mas vivemos como os alemães e os franceses. Somos ignorantes e culturalmente miseráveis, mas somos doutores e engenheiros. Fazemos malabarismos e contorcionismos financeiros, mas vamos passar férias a Fortaleza. Fazemos estádios caríssimos para dois ou três jogos em 15 dias, temos auto-estradas modernas e europeias, mas para ver passar, a seu lado, entulho, lixo, mato por limpar, eucaliptos, floresta queimada, barracões com chapas de zinco, casas horríveis e fábricas desactivadas.Portugal mente compulsivamente. Mente perante si próprio e mente perante o mundo.Claro que não é um professor que falta à vigilância de um exame por ficar preso no elevador que precisa de um atestado médico. É Portugal que precisa, antes que comece a vomitar sobre si próprio.

Efeitos da greve

Contratação de animadores para as extensões horárias nas escolas do 1º ciclo.
Lutar é necessário. Lutar tem efeitos.
Professores de todas as escolas, uni-vos!

terça-feira, dezembro 06, 2005

A nova política educativa

E esta nova formulação das políticas educativas é designada pelo "deu-lhes práli".
Pois é neste preciso enquadramento que podemos compreender que a disciplina de Português não seja "estruturante" e deixe de ser necessário o exame nacional.
Mas poque diabo era necessário antes tal exame? Bem: tinha-lhes dado práli.
E porque já não é necessário agora? Bem: deu-lhespráli.
Sem dúvida que se trata de uma mudança de substantiva nas políticas educativas em Portugal - passámos do conceito retrógrado do "tinha-lhes dado práli" para o conceito moderno e inovador do "deu-lhes práli"
Portugal tem futuro! Lurdes Rodrigues é a luz ao fundo do túnel pela qual todos esperávamos!

quinta-feira, dezembro 01, 2005

Caracterizando o inimigo....

Análise grafológica de Valter Lemos



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Handwriting Analyst Report for Valter Lemos on 11-30-2005

Copyright 1986, 1999 by Michaels, Maze, & Hodos
1

Physical & Material Drives

Valter doesn't put his energy into finding physical and material pleasures. His enjoyment of physical activity is about average.

Valter is neither overly thrifty nor overly generous.

Emotional Characteristics

When faced with emotional situations, Valter controls his emotions fairly well.

Valter has changeable moods.

Intellectual Style

Valter is able to process information quickly, but he will slow down to be more deliberate and precise. He tries to solve problems by relying on experience and stored knowledge. He is curious and inquisitive.

sometimes Valter is cautious in thinking and problem-solving and sometimes he jumps right in. He is strong in logic, but he is likely to be short on intuition. He is an abstract thinker with a philosophical mind. He is intellectually-oriented and appreciates ilegant ideas which are profound and wide-reaching. He is attentive to details.

Valter appears to be extremely self-confident.
overestimate his significance.

Valter tends to be impatient.

He knows what he wants. His He is cautious and reflective.

Valter's behavior is fairly changeable. He is versatile.
He is sophisticated and has good taste. He tends to be a pushover who can easily be swayed. He derives security from operating within predictable limitations. He is inclined to talk out loud when he is alone.

Social Behavior

Valter is receptive to social contacts and selects his friends carefully.

He is not very outgoing

Valter can be direct or emphatic when communicating. Sometimes he is open and conversational while other times he is discreet and closed-mouthed. He is moderately concerned about communicating clearly.

Valter may be offended by criticism of his personal appearance. He can be touchy when relationships threaten his sense of selforth. He can maintain his dignity and poise in the face of criticism of his abilities or his performance. He is capable of discernment and can be reasonably sympathetic. He can take an active part in social activities without requiring the spotlight. He wants others to respect and admire him.